Exercício é compromisso para a vida

Uma vez que começamos, não dá para parar. Estudo revela como fluxo de sangue no cérebro, nas áreas responsáveis pelo aprendizado e memória, cai quando pessoas que malham deixam de fazer exercício.

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Para perder peso e mantê-lo longe, além da reeducação alimentar, é preciso praticar exercícios com regularidade.

Uma vez que começamos, fica difícil parar.

É o efeito da endorfina, neurotransmissor que proporciona uma sensação de bem-estar.

Mas há quem pare com a atividade.

Aí começam os problemas.

Já sabemos que, ao interromper a prática esportiva, perdemos rapidamente o tônus muscular e a resistência cardiovascular.

Mas os prejuízos não param por aí.

Segundo estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Maryland (Estados Unidos), interromper os exercícios prejudica o cérebro.

A pesquisa examinou o fluxo de sangue no cérebro em adultos saudáveis e fisicamente em forma, com idades entre 50 e 80 anos.

Todos poderiam ser classificados como atletas da categoria “master”, com pelo menos 15 anos de prática de exercícios.

O exame, que utilizou ressonância magnética, foi feito duas vezes, no início e após 10 dias.

Neste período, todos deixaram de fazer atividades físicas.

Como resultado, os pesquisadores observaram significativa redução no fluxo sanguíneo em oito partes do cérebro.

Entre elas, os lados esquerdo e direito do hipocampo.

E a Rede em Modo Padrão (RMP), uma rede neurobiológica complexa, normalmente implicada no diagnóstico do mal de Alzheimer.

Esta informação soma-se ao entendimento do impacto que a atividade física tem na saúde cognitiva.

“Quanto menos você permanecer ativa, estará mais propensa a ter problemas cognitivos e demência enquanto envelhece”, declarou um dos autores do estudo, Dr. J. Carson Smith.

A descoberta pode ter importantes implicações na saúde mental de pessoas mais velhas.

Mas os cientistas ressaltam que mais pesquisas precisam ser feitas para determinar o ritmo destas mudanças.

E o quão rápido os danos podem ser revertidos, quando os exercícios são retomados.

O estudo foi publicado no periódico científico Frontiers in Aging Neuroscience.

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