Detector de sinceridades
Categoria: Pense
Podem ser bem-vindas as marcas do tempo? Novo estudo revela que pessoas com rugas ao redor dos olhos são percebidas pelos outros como expressões de gente mais sincera.
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Rugas marcam a passagem do tempo, pelo que não são muito bem recebidas.
Mas sua análise pode trazer uma outra percepção.
É o que revela um estudo das universidades Western (Canadá) e de Miami (Estados Unidos).
Aparentemente, aquelas ao redor dos olhos podem ser percebidas como sinais de sinceridade.
Também conhecidas como sinais de Duchenne, elas se formam ao redor dos olhos quando sorrimos.
Quanto mais “pés de galinha”, mais marcada fica esta expressão.
Para investigar a linguagem da expressão facial, os cientistas fizeram um teste com voluntários.
Um grupo de participantes observou fotos de pessoas com ou sem sinais de Duchenne.
Inicialmente, imagens diferentes foram mostradas para cada olho.
A esse ponto, o cérebro se alternava entre as duas, focando mais frequentemente na imagem percebida como mais relevante.
Em seguida, os participantes tiveram que avaliar as expressões em uma escala que levasse em conta a sinceridade.
Como resultado, as expressões envolvendo Duchenne eram sempre dominantes.
As pessoas consideravam os olhos marcados de quem sorri como expressões mais sinceras e intensas.
Em comparação as expressões de não-Duchenne, como o rosto de alguém tenso, por exemplo.
A depender de seu ramo de atuação, talvez seja melhor descartar os cremes antirrugas.
Isso porque os olhos que sorriem também são difíceis de esquecer.
“Se a emoção é mais intensa, seu cérebro realmente prefere trazê-la para a consciência perceptual por mais tempo”.
A explicação é de um dos autores, Julio Martinez-Trujillo.
A descoberta nos alerta para como as pessoas constantemente nos interpretam.
E fornece evidências de uma linguagem universal em potencial para a leitura de emoções.
O que é um claro sinal do processo evolutivo.
Saber se o sorriso estranho é genuíno e se a pessoa pode ser confiável diz se devemos nos afastar ou não.
O estudo foi publicado na revista científica Emotion.
Tags: comportamento, estudo, longevidade, Lucilia Diniz, rugas, sentimentos,
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