Tentação nada econômica

Um truque da indústria entra em foco. Embalagens maiores de alimentos processados induzem a erro de interpretação do tamanho das porções. O que nos leva a exagerar no prato.

Leia mais:

Fisgados pelo açúcar – Saber como o inimigo ataca ajuda a nos defender
A detetive dos rótulos – Toda a verdade das letras pequenas

Um dos motivos pelos quais as pessoas comem em excesso é resultado de um truque muito utilizado pela indústria de alimentos.

Embalagens tamanho família ou com gramas a mais grátis, de lasanha, sucrilhos açucarados e batatas fritas, por exemplo, enganam a mente a superestimar o tamanho das porções.

Dentre os gêneros, os homens são os que mais sucumbem a este apelo.

Quanto à faixa etária, as pessoas mais velhas foram menos suscetíveis.

A afirmação vem de estudo da Universidade de Surrey (Inglaterra).

A pesquisa analisou os hábitos de 13 mil pessoas, na Inglaterra, França, Alemanha, Polônia, Espanha e Suécia.

Pode parecer uma surpresa para quem nunca pensou no assunto, mas a verdade é que os fabricantes e distribuidores de alimentos processados pagam pelo espaço na gôndola dos supermercados.

Deve-se à melhor colocação o sucesso nas vendas de umas marcas em detrimento de outras.

Portanto, o apelo com embalagens maiores não se deve a uma boa vontade de fornecer a você mais comida por menos preço, mas uma estratégia de ganhar mais dinheiro em escala.

Sendo assim, tome cuidado ao ceder à tentação.

A ventagem econômica pode existir, desde que você consiga controlar o tamanho das porções com que se serve dos alimentos comprados.

Assim, eles duram mais, o que efetivamente faz compensar seu investimento.

E você come menos, o que evita com que sua forma física se assemelhe à da embalagem adquirida.

Tags: alimentos processados, comportamento, consumo, Lucilia Diniz,