O que é sono polifásico?

Trocar a noite de sono por pequenos períodos de descanso tem conquistado adeptos que buscam aumentar a produtividade. Conheça a verdade por trás no sono polifásico.

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Vivemos tempos de insônia.

Mas, ao invés de dormir mais, muitas pessoas buscam fechar os olhos por menos tempo.

São os adeptos do sono polifásico.

A ideia tem sido adotada como “truque” para aumentar a produtividade.

E seria o “segredo” de gênios como Leonardo da Vinci e Nikola Tesla.

Por este motivo, tem conquistado fãs entre trabalhadores do setor de tecnologia.

O objetivo é usar ao máximo as horas disponíveis.

E fazer aquelas dedicadas ao sono valerem ao máximo.

O sono polifásico envolve um sono “principal” mais longo, de 90 minutos a seis horas.

Isso seria complementado por sestas de 20 minutos.

O número destas sonecas varia.

No total, quem adota o programa dorme de três a sete horas por ciclo circadiano.

Mas, como funciona?

O fracionamento do sono pode maximizar o tempo gasto na fase do movimento rápido dos olhos (REM).

É nesta fase que ocorrem os sonhos, a consolidação da memória e a regulação do humor.

E no sono de ondas lentas, a etapa mais restauradora do dormir.

Assim, eliminam-se as outras fases, permitindo passar mais horas produtivas acordado.

Devemos adotar a estratégia?

A resposta é “não”, segundo o Dr. Alon Avidan, diretor do Centro de Desordens do Sono.

O laboratório faz parte da Universidade da Califórnia (Estados Unidos).

“Há muito pouca informação – nenhuma na literatura médica – de estudos que demonstram que traz alguma vantagem”.

A declaração foi dada à revista Time.

Se quem dorme de forma fragmentada acaba dormindo menos, isso tem consequências para a saúde.

Incluindo comprometimento cognitivo, problemas de memória e maior risco de acidentes.

E só piora.

Estudos já mostraram que a privação do sono provoca disrupção nos níveis hormonais.

E ainda aumenta o nível de açúcar no sangue e o apetite.

Isso leva a maior risco de doenças crônicas, como diabetes e obesidade.

Se funciona com você, ótimo.

Mas, como as pessoas são diferentes, o plano pode não servir para muitos.

Parece mesmo arriscado.

Afinal, o sono não funciona como um saldo bancário.

E fracioná-lo em partes não é natural.

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