Nem mais uma batatinha

Não negamos seus pedidos. E ainda premiamos a fofura com guloseimas. Estas manifestações de afeto cobram alto preço no futuro. Para estudo, crianças acima do peso se tornam adultos com mais chances de depressão.

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Uma balinha, mais um pedacinho, só um lanchinho.

Estes diminutivos infantilizam as noções que temos das porções e dos alimentos.

Acreditando ser esta a melhor maneira de dialogar com as crianças, as entupimos de snacks e doces.

Sentindo-se recompensadas, é lógico que aceitam os agrados.

Aí temos uma das causas da obesidade infantil.

Agora, um novo estudo mostra que seus efeitos podem ter graves repercussões duradouras.

A pesquisa foi feita pela Universidade Vrije (Holanda).

Nela, jovens com sobrepeso apresentaram três vezes mais risco de depressão na fase adulta.

Não está provado que a obesidade cause depressão.

Mas a descoberta confirma o aumento do risco de depressão em jovens obesos.

“A relação entre obesidade e depressão é complexa”.

A declaração é de uma das autoras, Dra. Deborah Gibson-Smith.

Por exemplo, as pessoas que não se conformam com o peso corporal ideal podem ter menor autoestima.

“E baixa autoestima tem sido associada a depressão subsequente”.

Se o problema preocupa agora, imagine no futuro.

No Brasil, uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%.

O estudo foi apresentado no Congresso Europeu de Obesidade – leia mais aqui.

O evento ocorreu na cidade do Porto (Portugal), entre 17 e 20 de maio.

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