Vitamina que enfraquece

Novos estudos comprovam que suplementos de vitaminas para pessoas que se alimentam satisfatoriamente não provocam nenhum benefício. Muito pelo contrário: alimentam mitos, esvaziam o bolso e podem até fazer mal.

A contradição é grande. A maior parte das pessoas que usa suplementos multivitamínicos não possui deficiência alimentar. A verdadeira “moda” que testemunhamos beneficia apenas aos grandes laboratórios, num mercado que arrecadou 28 bilhões de dólares em 2010.

Três estudos, apontados pela publicação científica Annals of Internal Medicine, reforçam o que a indústria quer esconder. Enquanto o consumo da vitaminas aumenta cerca de 30% ao ano, aumentam as provas de que em nada ajudam. No primeiro, foram feitos testes em 400 mil participantes. No segundo, foram estudados durante 12 anos 5.947 pacientes, acima de 65 anos de idade. E, no terceiro, 1.798 homens e mulheres participaram do experimento. Em todos os casos, nenhuma evidência de melhoria da saúde das pessoas foi identificada.

A mensagem é simples: a maioria dos suplementos não evita doenças crônicas ou morte, seu uso não se justifica e eles deveriam ser evitados. E o resumo apresentado deixa claros recados: suplementos antioxidantes como beta-caroteno, vitamina E e altas doses de vitamina A, isoladamente ou associados, aumentam o risco de doenças fatais. E outros, como ácido fólico, vitamina B e suplementos minerais têm eficácia zero. Ou seja, além de iludir, não servem para nada.

A fórmula da saúde perfeita não é obra de nenhum cientista, e de nenhum laboratório. E também não é segredo. Aqui no site já falamos muito que alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares bastam. O difícil é resistir às tentações. Mas é para ajudar e orientar que estamos aqui.

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