Não vale mais

A Organização Mundial da Saúde retira o apoio à dieta planetária. A proposta, que reduz o consumo de carne para poupar o meio ambiente, foi acusada de ser perigosa para a saúde.

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Há pouco tempo, a OMS divulgou a chamada “dieta planetária” – veja aqui.

Sua adoção seria vital para alimentar a crescente população mundial sem destruir o meio ambiente.

Agora, a entidade desistiu de promover a dieta, que reduz drasticamente a carne.

Não está claro porque o apoio foi retirado.

No entanto, os pontos de vista do embaixador da Itália na ONU podem ter influenciado.

Gian Lorenzo Cornado argumentou que sua adoção poderia levar milhões de pessoas na indústria agrícola e de alimentos ao desemprego.

Cornado também alertou para o fim das culinárias tradicionais em todo o mundo.

Ele ainda disse que a dieta “é nutricionalmente deficiente e perigosa para a saúde humana”.

O argumento pesa, mesmo diante da evidência dos perigos da carne vermelha – leia mais aqui.

Seus promotores afirmam que a dieta planetária evitaria cerca de 11 milhões de mortes prematuras no mundo até 2050.

E que reduziria a obesidade, doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

Mas a dieta faria as pessoas comerem apenas 7 g de carne vermelha por dia – um quarto de uma fatia de bacon ou 1/16 de um hambúrguer.

O consumo médio de carne vermelha na Grã-Bretanha teria que cair 77% dos atuais 62 g/dia.

Lácteos e manteiga seriam reduzidos em 40%, para apenas 250 gramas.

O equivalente a meio copo de leite, uma fatia de queijo e uma pequena porção de manteiga.

O consumo de ovos cairia para um quinto de um ovo por dia.

O consumo de açúcar cairia pela metade para apenas 31 g/dia.

E a ingestão de batatas em três quartos, para 50 g.

Que ainda insistisse teria que comer três vezes mais vegetais, feijão, nozes e soja, para compensar as calorias.

O radicalismo assustou a todos, é claro.

Mas propostas radicais precisam ser avaliadas.

Até 2050, o planeta terá 10 bilhões de habitantes.

Sem que a produção de alimentos consiga cobrir suas necessidades.

A produção de carne usa 83% das terras cultiváveis do mundo, fornecendo apenas 18% das calorias consumidas.

Diante da realidade dos fatos, algo precisa mudar.

Você estaria disposta a fazer tal sacrifício?

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