A dieta da felicidade

Se a recomendação de comer frutas e vegetais pelos benefícios à saúde não lhe convencem, há um novo motivo. Estudo prova que o consumo destes alimentos provoca a felicidade.

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Comemos frutas e verduras pelos benefícios nutricionais, funcionais e até para perder peso.

Há quem se force a comer mais, e também quem precise se controlar diante de um maço de rúculas ou uma salada de frutas.

Sua presença é fundamental em uma dieta saudável, sendo recomendado o consumo de nada menos que cinco porções ao dia.

Mas o consumo de frutas, verduras, legumes e vegetais em geral pode proporcionar um benefício ainda mais visível: em seu sorriso.

É o que afirma um estudo feito em parceria entre a Universidade Warwick (Inlgaterra) e a Universidade de Queensland (Austrália).

Para chegar a esta conclusão, os cientistas acompanharam 12 mil voluntários, que foram entrevistados em 2007, 2009 e 2013.

Os voluntários tiveram que registrar em um diário seu consumo semanal de frutas e vegetais, bem como a satisfação em geral com a vida.

Estas informações foram comparadas ao longo dos anos, para identificar uma relação entre hábitos alimentares e estado de espírito.

Como resultado, os pesquisadores observaram que quanto maior foi o consumo de frutas e vegetais, maior foi a percepção de felicidade satisfação pessoal e bem-estar.

De acordo com os autores, participantes que raramente comiam estes itens e que passaram a consumir oito porções diárias registraram aumento da satisfação com a vida equivalente ao de um desempregado ao conseguir um emprego.

E esta felicidade vem rápido.

Ao passo em que benefícios físicos demoram décadas de consumo de frutas e vegetais para serem notados, bastam dois anos de porções diárias para garantir o poderoso efeito psicológico.

Os pesquisadores não estão certos sobre o por que isso acontece, mas sugererem que o efeito pode ser causado pelos antioxidantes encontrados em alimentos saudáveis.

Por exemplo, um estudo de 2012 descobriu que indivíduos com maiores níveis de antioxidantes, conhecidos como carotenóides, eram mais otimistas sobre o futuro.

Carotenóides constituem o pigmento que dá a cor a certas frutas, como cenrouras, melões, batata doce e couve.

Por este motivo, os cientistas recomendam enfatizar urgentemente estas novas recomendações para que a população adote já uma dieta mais saudável.

“A motivação das pessoas em comer frutas e vegetais se enfraquece pelo fato de os benefícios demorarem a serem percebidos”, disse um dos autores do estudo, o Dr. Andrew Oswald.

“Entretanto, melhorias do bem-estar provocadas pelo aumento do consumo destes itens vêm de imediato”.

Fazer com que sejam consumidos vegetais na quantidade necessária para deixar todo mundo feliz não é tarefa fácil.

Evolutivamente, estamos programados a favorecer alimentos mais densamente calóricos.

Some-se a isso o custo de uma alimentação mais natural e a total fata de tempo de preparar refeições a partir do zero e fica claro porque falhamos em atingir a cota diária de cinco a nove porções.

Ainda assim, a equipe de cientistas acredita que vale a pena insistir em recomendar este consumo, se não pela saúde fisíca, pelo bem-estar mental.

O estudo foi publicado no periódico científico American Journal of Public Health.

É importante lembrar que, como cada pessoa possui necessidades diferentes, consultar um profissional antes de começar uma dieta é essencial para que haja perda de peso com saúde.

Esta matéria foi inspirada em informações divulgadas pelo site Medical Dailyleia na íntegra aqui (em inglês).

Imagem: Shutterstock

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