As aparências do esforço enganam

As aparências do esforço enganam

Além de uma dieta equilibrada, a receita da boa forma passa por fazer exercícios. Só que, para surtirem efeito, precisam ser bem feitos. Por mais que nos esforcemos, não é o que está acontecendo.

Sabemos que encarar com regularidade exercícios moderados só faz bem. O que não está combinado é o que entendemos por “moderado”. Estudo  da York University em Toronto, Canadá, revela que o normal é avaliar sempre para cima a intensidade do esforço que fazemos, qualquer que seja ele.

Sempre flexíveis, as recomendações médicas falam de 150 minutos de exercícios moderados, ou 75 no modo intenso, por semana. Como as pessoas vão cumprir esta cota está sempre em aberto: corrida, bicicleta, pular corda – vale quase tudo, desde que nos coloque em movimento, e num ritmo que seja constante. Mas não há quem tenha indicado um padrão para este ritmo. Desta maneira, uma pessoa pode achar que está se entregando de corpo e alma na academia quando, na verdade, não está.

E é exatamente o que a pesquisa, que acompanhou 129 adultos, com idades entre 18 e 64 anos, indicou. Quando solicitados a mudar uma caminhada de moderada a intensa, apenas 25% dos participantes teve seus batimentos cardíacos elevados, embora todos estivessem dando todo o gás. Esta parece ser a margem de erro das pessoas que se declaram ativas, em pesquisas que investigam a boa forma da população. E elas não estão mentindo, ou sendo imprecisas, para “tirar onda”. Acreditam, isso sim, que seu esforço é legítimo.

Quem encontra-se no grupo pode não estar angariando os benefícios dos exercícios aos quais se entrega. Prejuízo para o corpo e para o bolso. Se você não está segura de que lado está, a dica é tomar o pulso enquanto estiver malhando. Se sua pulsação estiver a 65% da Frequência Cardíaca Máxima (FCM), pode acelerar.

Mas como fazer esta medição? Consiga um relógio que tenha esta função, ou conte suas pulsações por um minuto. A fórmula geral do máximo para cada pessoa é de 220 menos a idade. Por exemplo, se você tem 30 anos: 220 – 30 = 190. Daí que 65% da FCM será: 190 x 65% = 123 batidas por minuto. Este é o número mínimo de batimentos cardíacos por minuto que você deve manter. O máximo é 85% (para o mesmo exemplo, são 161 batidas por minuto). Esta medida é uma estimativa. Para números precisos e recomendações sobre a saúde de seu coração, consulte um especialista.

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