Um detetive na sua cama
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Cuidado: você pode estar vivendo com um espião. Estudo revela que uma em cada cinco pessoas admitem acessar redes sociais do parceiro. Sim, de modo secreto e sem autorização.
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Muitos se preocupam com a espionagem de suas informações online.
Mas o verdadeiro risco não está em Edward Snowden vasculhar suas redes sociais.
Segundo um novo estudo, você deve se preocupar com as pessoas mais próximas.
Digo, bem mais próximas.
A pesquisa foi feita pela Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá).
De acordo com ela, 24% dos adultos já bisbilhotaram os perfis dos parceiros.
Sem que os mesmos soubessem, é claro.
Os culpados admitiram que espionaram por simples curiosidade ou diversão.
Mas outros revelaram motivos mais sombrios, como ciúme.
Para chegar a esta conclusão, foram realizadas entrevistas com 1.038 voluntários.
“É claramente uma prática generalizada, e fotos, vídeos ou mensagens do Facebook são alvos fáceis”.
A declaração é de um dos autores, Wali Ahmed Usmani.
“Isso acontece quando o proprietário da conta deixa o computador ou celular conectado e aberto para visualização”.
O principal motivo alegado para a espionagem é a curiosidade.
E este tipo de vigília pode ser realizado por três tipos de pessoas: amigos, família e parceiros.
No entanto, o que o “detetive” procura depende do relacionamento com a “vítima”.
Aqueles romanticamente envolvidos buscam apenas as mensagens privadas.
Enquanto a família e os amigos observam fotos e interações sociais, públicas e privadas.
As sessões de espionagem duram, em média, 15 minutos.
A descoberta destaca a ineficácia das senhas em não permitir o acesso não autorizado.
Mas ninguém espera precisar de procedimentos de segurança dentro da própria casa.
Como se vê, nunca se sabe.
E nunca se saberá, até ser tarde demais.
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