Um brinde à boa forma

Um brinde à boa forma

Nestas festas de fim de ano, pinta uma dúvida entre duas questões fundamentais. E há quem escolha beber que fazer exercícios. Estudo garante que uma coisa não impede a outra. E até muito pelo contrário!

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O relacionamento entre álcool e saúde é complexo e multifacetado.

A pesar dos conhecidos riscos (pessoais, coletivos e sociais), um consumo menor de álcool não se traduz necessariamente em uma saúde individual melhor.

Esta constatação se tornou evidente em grande parte devido a uma diminuição de doenças cardíacas constatada entre os bebedores moderados – veja aqui estudo do Kaiser Permanente Medical Center.

Isso foi surpreendente, dado que o álcool pode ser cardiotóxico.

Esses achados estimularam uma grande quantidade de estudos mais aprofundados sobre os hábitos de saúde dos bebedores moderados.

Décadas de pesquisas decorrentes sobre hábitos de saúde e bebedores moderados focaram seu interesse na prática de exercícios, resultando em uma identificação positiva entre atividade física e consumo de álcool.

Este é o argumento de um estudo feito em parceria entre a University of Houston, Sam Houston State University e Baylor College of Medicine (Estados Unidos) e Università Cattolica del Sacro Cuore (Itália).

Os cientistas não querem dizer que beber conduz a uma melhor performance esportiva – e que isso seja um benefício à saúde a ser considerado.

O absurdo é que este comportamento é praticado e tem até nome, “drunkorexia”, que grosso-modo significa malhar para poder beber sem engordar.

O argumento é outro.

Trata-se da constatação, garantida por décadas de observação de dados científicos, de que quem consome álcool de maneira moderada interessa-se em praticar atividades físicas.

O perfil de bebedores moderados que surgiu da pesquisa revelou serem fisicamente ativos, e que também adotam uma dieta nutritiva e outros comportamentos de promoção da saúde.

Fatores de proteção tendem a se juntar, para formar um escudo que nos garante saúde.

Quem malha se interessa em comer melhor e dormir melhor, e assim por diante.

Portanto, se são dois interesses que habitam um mesmo personagem, nada melhor que curar ou prevenir um aumento do consumo de álcool e seus efeitos deletérios que incentivar a prática esportiva.

A ideia parece lógica.

Segundo os pesquisadores, um melhor entendimento da relação entre atividade física e ingestão de álcool pode maximizar os esforços de intervenção.

A ideia pode basear tratamentos clínicos e estratégias de prevenção, bem como permitir as pessoas a tomarem decisões com mais informação.

O que tudo isso significa?

Se seu uso do álcool é moderado, siga exercitando-se.

Se passar do ideal, procure fazer mais exercícios.

Em última análise, a recomendação é a mesma: interesse-se por você e mantenha-se saudável, que uma coisa puxa a outra.

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