Detetives de sabores

Pizza, só italiana. Champagne, só francesa. Feijoada, só brasileira. É normal encontrarmos versões de alimentos e bebidas originais e, mais ainda, aceitar mudanças nas receitas. Mas os puristas, não. Para ajudar a detectar “fraudes” culinárias, eles estão empregando robôs.

Ao rodar o mundo a trabalho, a ex-primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, encontra todo tipo de comida que se diz tailandesa. Isso a irrita, já que, na maioria das vezes, a comida é ruim e não corresponde à imagem que quer trasmitir de seu país.

Para desmascarar as piores versões da culinária Thai, o governo da Tailândia está desenvolvendo um robô que analisa ingredientes e receitas.

A máquina é capaz de detectar, cientificamente, diferenças no curry utilizado, a qualidade do leite de coco ou a quantidade de manjericão empregada. Tudo para encontrar a “assinatura química” do prato ideal.

A ideia me parece radical demais. Afinal, não podemos restringir que brasileiros possam preparar comida japonesa, por exemplo. E também não podemos passar sem um temaki. Imagine ter que viajar ao Japão para degustar o que hoje encontramos na esquina.

Afinal, adaptar receitas originais é o que gera novos pratos. A imaginação é o ingrediente mais precioso da culinária universal.

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