Proteção nada embutida

Evitar categorias de alimentos para manter a saúde pode nos privar de sabores – e benefícios. Novo estudo revela que consumir presunto curado pode reduzir risco cardiovascular.

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Notícias que envolvem o banimento de alimentos pelo indício de que possam fazer mais mal que bem à saúde são complicadas.

Isso porque deixamos de comer algo por anos a fio, para depois vir um estudo dizer que tudo foi uma perda de tempo.

Por isso, melhor desconfiar de generalizações muito amplas.

Como, por exemplo, quando se diz que carnes processadas, ou embutidos, podem aumentar a chance de desenvolver tumores.

A preocupação é válida, pois a afirmação é científica.

Desde 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as carnes processadas como carcinogênicos – leia mais aqui.

Mas, afinal, quais processados são esses?

Uma nova pesquisa revela que o consumo de presunto curado em processo de longa duração e reduzido conteúdo de sal melhora a saúde cardiovascular.

O estudo foi feito na Espanha pelo Instituto de Agroquímica y Tecnología de Alimentos e Universidade Católica Santo António de Múrcia.

Aparentemente, este benefício é proporcionado pelos peptídeos bioativos presentes no alimento, que têm capacidade de reduzir a pressão arterial, especificamente em pessoas com pressão arterial elevada.

Além disso, os resultados sugerem que o consumo regular melhora o metabolismo glicêmico e o perfil lipídico também em indivíduos que já apresentam níveis elevados de colesterol e glicose no sangue.

Por tudo isso, é preciso atenção ao generalizar.

O presunto curado é fonte natural de proteínas de elevado valor biológico, bem como de alguns minerais (ferro, zinco ou fósforo) e vitaminas do grupo B, revelando um equilibrado perfil nutricional.

O estudo será apresentado em setembro, no Congresso Nacional de Hipertensão Arterial na Espanha.

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