Cronometrando os limites
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Em alguma altura, o abuso das redes sociais precisará ser controlado. E autoridades do governo britânico exigem que seja agora. A recomendação é que redes sociais divulguem alertas na tela quando o acesso estiver longo demais.
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As redes sociais parecem um lazer inocente.
Mas é possível que muitos estejam exagerando.
O usuário médio passa mais de 6% do dia navegando no Facebook.
Diante disso, torna-se claro que as redes sociais são mais viciantes do que cigarros e álcool.
E que, por este motivo, deveriam exibir sinais de alerta de seu consumo.
A recomendação é do novo estudo da Royal Society of Public Health.
Esta entidade britânica reúne pesquisadores e especialistas em saúde pública na Inglaterra.
Segundo o estudo, as redes sociais estão alimentando altas taxas de ansiedade e depressão.
São 70% mais casos registrados nos últimos 25 anos.
Principalmente em adolescentes e jovens adultos.
O trabalho inclui uma pesquisa com 1.479 jovens de 14 a 24 anos, que foi chamada #StatusOfMind.
Nela, o Instagram foi considerado o site de mídia social mais prejudicial.
O Snapchat foi considerado o segundo pior.
O ranking é seguido por Facebook, Twitter e YouTube.
Segundo o estudo, nos comparamos às imagens das mídias sociais.
E isso pode ser muito prejudicial.
Significa comparar o “por trás das câmeras” de nossas vidas aos melhores momentos dos outros.
A recomendação do estudo é bem razoável.
Ao contar o tempo conectado a determinada rede, um alerta pop-up surgiria na tela.
O relatório também pede marcas d’água para identificar fotos manipuladas digitalmente.
Devem ser divulgadas informações sobre os perigos potenciais do uso excessivo.
E que as empresas que administram estes sites identifiquem usuários com distúrbios afetivos.
Especialmente ao monitorar mensagens muito depressivas.
E, a partir daí, ajudar estes usuários ao indicar onde buscar apoio.
A questão é delicada.
Afinal, usar elementos de censura na internet vai contra a própria razão de ser da rede.
E você, apoia medidas de vigilância com este propósito?
Estudo: podem as redes sociais prejudicar o bem-estar mental?
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