Cardápio em extinção

A Itália é a terra das massas. Mas, até quando? Estudo revela que o aquecimento global está fazendo mudar os hábitos alimentares. E o clima mais quente impede a produção e consumo do tortellini em Bolonha.

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Diz a lenda que seu formato foi moldado no umbigo de Vênus.

Mas os deuses não estão favorecendo os fãs de tortellini.

Tudo graças ao aquecimento global.

As altas temperaturas em Bolonha, onde a massa é mais produzida, não prejudica só o apetite por pratos mais untuosos.

O clima torna difícil dobrar a massa, que seca a “sfoglia” nas extremidades antes que se consiga recheá-la.

Sfoglia é uma folha muito fina de massa de farinha de trigo e ovos.

E é a base de muitas das massas feitas manualmente na Itália, principalmente as massas recheadas.

Os chefs mantêm a massa úmida com água, mas assim que é esticada as bordas começam a secar e endurecer.

A situação está comprometida ainda antes de chegar à mesa.

Calor e menos chuva influenciam na colheita do trigo e tomate na região da Emilia Romagna.

Pesquisadores e autoridades trabalham para ajudar produtores rurais e negócios ligados à alimentação.

Um dos planos é fazer maior rotação de culturas melhor adaptadas a temperaturas mais altas e menos água.

Como millet e sorgo, que usam 40% menos água que o milho.

Mas, se introduzidas, o que significarão estas mudanças?

Por enquanto, a massa desperdiçada por culpa do calor está sendo reaproveitada em sopas.

Mesmo no verão europeu, o brodo com tortellini original consegue ter seu apelo.

Não se sabe até quando, já que este é um dos itens do cardápio em extinção.

Em situação semelhante, pelo mesmo motivo, está a baunilha.

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