Café além da xícara

Adoramos café. Mas talvez estejamos jogando sua melhor parte fora. Estudo revela compostos que poderiam curar condições da pele, inflamação e função cerebral, presentes na cereja do café, são descartados.

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Tien Huynh acha que os bebedores não são os únicos que desconhecem toda a fruta do café.

Ela é professora de biociências e biotecnologia da Universidade RMIT, na Austrália.

Na verdade, alega que os produtores estão negligenciando essas cerejas.

Os produtores de café também são grandes produtores de desperdício.

“Uma quantidade enorme de desperdício”, ressalta Huynh ao site Beverage Daily.

Cerca de 50% dos frutos são desperdiçados.

E, dos grãos de onde extraímos o café, os descartamos todos.

Huynh aproveitou sua experiência médica em cuidados com a pele e cicatrização,

E começou a testar todas as partes do fruto do café.

Sua meta era buscar qualquer coisa que pudesse ter aplicações na área de saúde.

E o que descobriu?

Compostos que poderiam ser usados para ajudar desde a cicatrização da pele a redução de inflamações.

E também para reduzir a pressão arterial e melhorar a função cerebral.

O que pode mudar o tratamento de diabéticos, vítimas de queimaduras e até estrias pós-parto.

“Normalmente, conseguimos 18% de cicatrização de queimaduras após 24 horas”, ela explicou.

Com o extrato do bagaço do fruto do café, foram conseguidos mais de 40%.

Postas em prática, estas idéias poderiam aliviar dois grandes problemas do setor cafeeiro.

Remunerar melhor os cafeicultores e, ao mesmo tempo, reduzir o desperdício.

O próximo passo é trabalhar com os agricultores, para ver como transformar essas oportunidades em realidade.

“Como cientistas, somos solucionadores de problemas”.

“E, se pudermos trabalhar juntos, poderemos alcançar coisas surpreendentes”.

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