Smartphone no modo inteligente

Smarphone no modo inteligente

Passamos o dia inteiro pendurados no telefone e uma hora este hábito vai cobrar seu preço. O professor de meditação e autor Ethan Nichtern apresenta três passos para manter uma relação mais racional e saudável com os gadgets.

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No Brasil, 93 milhões possuem smartphones.

Segundo estudos, passamos cerca de 40 minutos do dia grudados no pequeno écran.

No mínimo.

Mas um smartphone não garante apenas acesso à internet e a vídeos de gatinhos no YouTube.

O aparelho também nos mantém conectados com todas as pessoas de nossos círculos de amizade e influência, sem falar em como os apps tornam a vida cada vez mais fácil.

Afinal, quando foi a última vez em que você ficou de pé na calçada, com o dedo em riste, na tentativa de chamar um táxi?

Quando pensamos na dependência do aparelho, e na possilibilidade de ficar por um minuto que seja sem bateria, bate o desespero.

“Estamos vivendo o mito de que estar sempre acessível é a maneira de ser mais produtivos”.

Esta é a opinião de Ethan Nichtern, autor de “The Road Home: A Contemporary Exploration of the Buddhist Path” (algo como “Caminho para casa: uma exploração contemporânea da trilha budista”).

De acordo com o escritor, a maneira que usamos – e que esperamos que outros utilizem – o smartphone está nos tornando improdutivos no trabalho, mais voláteis nos relacionamentos e mais infantis online.

Diante disso, Etahn sugere três maneiras de estabelecer uma relação mais sana com o gadget.

Ligue o modo avião por uma hora

Um detalhe sobre smartphones é que o aparelho tem uma maneira de fazer você trocar o objeto de sua atenção de modo muito rápido.

Em milésimos de segundos o olhar sai de uma página de uma planilha complicada, no trabalho, para uma notificação do Instagram ou uma conversa via WhatsApp.

Ethan Nichtern acredita que mudar de atenção muito rápido provoca uma ruptura de conexões internas, o que leva a interrupção do fluxo de produtividade.

Para terminar uma tarefa, é preciso dar à mente a oportunidade de estabelecer foco em um assunto de cada vez.

Aí estaria a conveniência de um “modo avião”: ele permite voar sem escalas em direção a uma meta.

“Revela-se mais produtivo demarcar o tempo”.

“Se você está sempre disponível através dos gadgets, significa que você está sempre disponível a que outras pessoas lhe ditem prioridades”, explica Ethan.

Contemple a mensagem antes de mandar

Mas se você não dá a atenção ao texto que escreveu, para refletir sobre a mensagem por pelo menos um minuto ou dois, fica exposta a todos os mal entendidos do mundo.

Do corretor ortográfico que preenche frases com outras palavras até esbarrar em teclas maiúsculas e ser interpretada como escandalosa, tudo pode ter um outro significado para quem recebe a mensagem.

Então, contemple.

Nunca diga nada online que não diria pessoalmente

“Por causa de quão rápido a comunicação acontece, ansiamos responder rapidamente”.

A melhor coisa a fazer, então, é imaginar que a pessoa que você está se comunicando com você à distância esteja presencialmente com você.

Como a mente só pode lidar com um foco de atenção por vez, a melhor coisa a fazer é é imaginar que a pessoa que você está se comunicando com você à distância esteja presencialmente com você.

E, se não, encontrar a melhor maneira de se expressar.

Ainda bem que a mesma tecnologia que trunca nossos significados tem o poder de resolver qualquer mal entendido.

Nada como usar aquela função que todo smartphone disponibiliza, o telefone.

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