Pílula que emagrece vem do Japão

Mais uma pílula promete o emagrecimento. Mas o que parece notícia velha e requentada reacende o interesse em todo o mundo. Isso porque novo anúncio de sua criação vem do Japão.

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Combater o excesso de peso com uma pílula é um assunto que está sempre em evidência.

Tanta que parece uma notícia requentada e, portanto, desacreditada.

O motivo de haverem tantos anúncios é que cada cientista busca comunicar o progresso de inúmeras pesquisas diferentes.

Mas quando uma delas revela ser japonesa, abrimos o olho.

O Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa acaba de anunciar estar a um passo de erradicar a obesidade e seus riscos à saúde.

Os cientistas descobriram dois genes que nos fazem engordar (Cnot7 e Tob).

Estes genes afetam a produção de um terceiro (Ucp1), cujo papel é fundamental em encaminhar a gordura corporal para ser queimada (e gerar energia) ou ser estocada.

Por este motivo, pessoas obesas têm menor concentração do gene Ucp1.

Cobaias geneticamente modificadas e sem os genes Cnot7 e Tob permaneceram em forma, mesmo depois de excessivamente saciadas em experimento.

Espera-se que a descoberta possa fundamentar, em breve, a produção de drogas anti-obesidade ou, com maior apelo publicitário, “pílulas de emagrecimento”.

A necessidade que temos de uma droga com estas características vai além da vaidade.

O fato de tantas pesquisas dedicarem-se ao seu desenvolvimento vai ajudar a reduzir os riscos das doenças relacionadas ao aumento da massa corporal, como males do coração, alguns tipos de câncer e diabetes tipo 2.

O Dr. Takahashi Akinori, pesquisador-chefe da equipe de Okinawa, declarou que o desafio foi o de como encorajar o corpo a queimar gordura.

O foco do estudo foi inibir o mecanismo que interrompe a conversão de gordura em calor.

“Ao sermos capazes de melhorar a queima de gordura possibilitamos sua aplicação clínica, como a produção de drogas anti-obesidade”, declarou o Dr. Takahashi.

O número crescente de casos de sobrepeso e obesidade em todo o mundo tomou contornos de pandemia.

A Organização Mundial de Saúde estima que os casos de obesidade dobraram desde 1980.

Em 2014, mais de 1,9 bilhão de adultos, acima de 18 anos, estava com sobrepeso. Destes, mais de 600 milhões são obesos.

Ainda que haja urgência em curar a obesidade em todo o mundo, até hoje não foi criada uma droga ou tratamento médico acessível e eficaz.

Por isso, a cura depende de esforços individuais e ações isoladas, como a pesquisa japonesa, que analisa as causas da obesidade em nível molecular.

A descoberta foi divulgada na revista científica Cell Reports.

O vídeo a seguir apresenta o funcionamento da droga.

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