Nova ajuda para a dor nas costas

Esqueça as tradicionais cirurgias e remédios. Novo tratamento para dores nas costas, uma das principais dores crônicas, é o restauro funcional.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, oito em cada dez pessoas vão ter problemas de coluna em algum momento da vida.

E a postura errada é uma das maiores causas de lesões na lombar.

Agora, para quem sofre com o problema e já experimentou de tudo para resolvê-lo pode ter uma alternativa a tratamentos convencionais como cirurgia e remédios.

Uma terapia inovadora, chamada restauro funcional, está sendo utilizada como abordagem inovadora para resolver esta doença crônica.

A ideia é ensinar aos pacientes exercícios que vão, dia a dia, construindo força e resistência.

Um dos grandes componentes do tratamento é o aconselhamento psicológico e comportamental, para que os pacientes desenvolvam habilidades e eliminem o medo do movimento.

Muitos recorrem ao restauro funcional como último recurso, após a cirurgia não surtir efeito, o que leva a depressão e ansiedade.

A alternativa visa também eliminar o risco de dependência que os remédios para dor provocam.

Nos Estados Unidos, o gasto com dores nas costas chega a 90 bilhões de dólares/ano, somando-se exames, cirurgias e outros tratamentos.

Ainda, dores nas costas são a principal causa de incapacitação de pessoas abaixo dos 45 anos naquele país, de acordo com matéria do Wall Street Journal.

No Centro Médico Dartmouth-Hitchcock, o programa de restauro funcional oferece um treinamento de três semanas para pessoas que sofrem com o problema continuamente há mais de três meses.

Muitos já passaram por injeções de cortisona, analgésicos, tratamentos quiropráticos e acupuntura, mas terminam o dia sentindo dores na região lombar.

Tudo começa com uma avaliação médica, para garantir que o programa será seguro, bem como para determinar objetivos.

As sessões acontecem em uma ampla sala, com equipamentos de exercícios e espaço suficiente para a amplitude dos movimentos.

No local, até oito pacientes por vez têm o acompanhamento de uma equipe que inclui médico, terapeutas ocupacionais e enfermeira, todos sob a supervisão do Dr. Rowland G. Hazard.

Os exercícios são criados para ajudar a restaurar a função normal da espinha dorsal.

Eles são adaptados para ajudar a controlar a dor e melhorar a força e resistência, simulando os esforços do cotidiano.

Além deles, são ministrados exercícios de relaxamento para enfrentar os momentos de crise.

Em média, os pacientes do programa têm melhoria considerada moderada.

O que conquistam é a melhoria do humor, flexibilidade, força e perseverança.

Física e, principalmente, mental, por livrarem-se do medo de fazer movimentos que acionam as dores, provocadas por discos vertebrais desgastados e comprometidos.

Com medo do movimento que provoca a dor, muitos ganham peso em excesso, o que só piora a situação.

A conquista é ajudar as pessoas a mudar a maneira como pensam a respeito da dor, do “só piora e não posso fazer nada a respeito” ao “tenho dor, mas aprendi o que fazer para controlá-la”.

O programa Dartmouth-Hitchcock tem custo de cerca de 17 mil dólares (cerca de 64 mil reais).

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Exemplo de exercício: sente-se com os joelhos afastados, incline-se e segure a pose por 3 segundos; repita 10 vezes  – Ilustração Remie Geoffroi (WSJ)

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Outro exercício útil é deitar sobre suas costas com os joelhos dobrados e os pés juntos, girando as pernas para os lados. Repita 10 vezes – Ilustração Remie Geoffroi (WSJ)

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Outro exemplo: fique em pé com a mão na parede, e lentamente leve os quadris em direção à parede, com o outro braço apoiando o tronco. Segure por 3 segundos e depois relaxe. Repita 10 vezes – Ilustração Remie Geoffroi (WSJ)

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