Fama de mau
Categoria: Pense
Existe uma razão pela qual achamos irresistível a aparência de um bolo de chocolate, tiras de bacon frito ou queijo derretido pingando de um cheeseburguer. E não tem a ver com o aroma ou o sabor.
Leia mais:
Honestidade no cardápio – Como é feito o hambúrger do McDonald’s?
Seu passado a condena – A incoveniente persistência do fast food
Já sentimos este efeito em relação aos artistas do cinema, com a atenção que os personagens “bad boy” atraem.
Segundo estudo da Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati (Itália), somos atraídas por estas escolhas porque as enxergamos como perigosas.
E quanto maior o perigo que antecipamos, mais irresistível a tentação se torna.
Os pesquisadores investigaram como as pessoas viam diferentes alimentos, nos níveis consciente e inconsciente.
57 voluntários participaram de testes e responderam a questionário, onde deveriam associar alimentos exibidos a sentimentos positivos ou negativos.
Como resultado, quanto menos saudável um alimento foi classificado e quanto mais negativamente os participantes sentiram-se sobre sua imagem, mais forte era a atração que sentiam por ele.
O Índice de Massa Corporal (IMC) e o gênero sexual dos participantes não teve influência nos resultados.
Segundo um dos autores do estudo, professor Francesco Foroni, “alimentação e estímulos relacionados são poderosos sinais de captura de atenção e de fortes fontes de interferência com as ações em curso”.
“Associamos os alimentos não-saudáveis como perigosos, e somos programados a prestar atenção às ameaças”.
A descoberta do estudo nos dá uma indicação de por que tantas dietas falham.
E do que temos que superar, se quisermos sobrepujar os desafios de emagrecer.
Tags: estudo, Índice de Massa Corporal, Lucilia Diniz,