Seu balsâmico é fake?
Categoria: Curiosidade
Já vimos a fraude do pescado e do azeite de oliva. Agora, chegou a hora de desconfiar da autenticidade de seu vinagre balsâmico.
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Fraudes alimentares já não deveriam nos surpreender.
Um em cada cinco peixes é vendido como sendo de outra espécie – leia mais aqui.
70% do azeite vendido falha em ser considerado extravirgem.
E é comum que queijo parmesão ralado contenha celulose.
Agora, surge a suspeita sobre outro ingrediente.
A polícia italiana divulgou uma investigação sobre a produção de vinagre balsâmico.
Uma ação confiscou quase 10 toneladas de mosto de uvas (“mosto cotto”).
A mistura era repassada a empresas que fazem vinagre balsâmico.
O mosto era vendido como sendo das variedades premiadas sangiovese e trebbiano.
Mas era feito de uvas comuns.
O vinagre balsâmico só pode ser produzido a partir de sete variedades específicas de uvas.
Entre elas, as citadas no processo e a lambrusco, mais famosa.
São elas que dão o sabor concentrado e complexo ao condimento.
Que ainda passa por envelhecimento por um período mínimo de 12 anos, em barris de cerejeira.
É todo este processo que garante o certificado de denominação de origem.
Razão pela qual o crime se extende.
Também foram falsificados documentos de certificação de qualidade, envolvendo fornecedores nas regiões da Sicília, Puglia, Campania e Lazio.
E também na Emilia-Romagna, onde está Modena, a cidade que é sinônimo do produto.
Aparentemente, entre os compradores estão marcas tradicionais.
Entre elas a AIMO (Acetifici Italiani Modena) e Acetu, que se dizem vítimas do esquema.
Este não é apenas um problema de saúde pública.
É a reputação dos produtos fabricados na Itália que motiva mais a polícia.
Reputação há tempos abalada.
Nada menos que seis em cada 10 produtos alimentícios italianos vendidos no mercado internacional apresenta alguma falsificação.
Quem declara é a própria Associação dos Agricultores Nacionais – leia aqui.
Afinal, como descobrir se o que temos em casa é autêntico ou não?
Se a adulteração não for muito grosseira, especialistas dizem que não como.
Em dúvida, esvazie todo o conteúdo, da melhor maneira – consumindo.
Eu tenho uma curiosa receita que vai transformar suas saladas.
É o meu caviar de balsâmico – clique aqui.
Tags: alimentos processados, denominação de origem controlada, fraude, Lucilia Diniz,
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