Feijão menos nutritivo

Eles são a base de nossa alimentação. Mas um novo estudo revela como os feijões sofrem com as mudanças climáticas, perdendo nutrientes. E agora?

Leia mais:

O último purê da Terra – A batata está acabando?
Paradoxo da obesidade – Quem come bem faz compensações perigosas

Estamos diante de riscos futuros da escassez de nutrientes.

E isso por conta do aquecimento global.

A revelação vem de um estudo da Universidade Politécnica de Valência (Espanha), que avaliou os efeitos das mudanças climáticas em relação ao plantio de feijões.

Também participou a Universidad Técnica Particular de Loja (Equador).

No trabalho, foram avaliados os efeitos das condições climáticas sobre as variedades comerciais de feijão (Phaseolus vulgaris), feijão manteiga (P. lunatus) e feijão verde (Vigna unguiculata), tradicionalmente semeados em condições de frio ou calor.

No foco dos cientistas estiveram parâmetros vitais dessas variedades, como sua morfologia, reprodução, produção e fenologia.

Como resultado, algumas variedades de feijão apresentaram melhor desempenho em temperaturas mais elevadas.

Com menos perdas em seu perfil nutricional, tornam-se uma excelente alternativa para substituir tipos menos produtivos sob este impacto.

Inclusive, uma variedade local até se mostrou mais resistente do que a variedade comercial usada como controle.

Como exemplo, o feijão verde valenciano (bachoqueta), de origem africana, muito usado em paellas, resistiu relativamente bem aos aumentos de temperatura.

Os resultados obtidos têm aplicação imediata na conservação da agrobiodiversidade, ao revelar quais variedades são mais sensíveis aos efeitos das mudanças climáticas e quais devem ser conservadas prioritariamente.

O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Tags: , , ,