Conectando com o sono

Os gadgets nos mantêm acordados. Mas também podem resolver o problema da falta de sono. Tratamento online desenvolvido por universidades australiana e americana para curar a insônia também pode ajudar a prevenir depressão.

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Atualmente, a qualidade do sono sofre.

Muito por conta da interferência dos gadgets que levamos para a cama.

Mas o mesmo fator que causa o problema pode servir como solução.

Um programa usado para tratar a insônia também pode reduzir significativamente a ansiedade e a depressão, com resultados efetivos por pelo menos seis meses.

Seu nome é SHUTi™ (Sleep Healthy Using the Internet), e foi criado a partir de pesquisa em parceria entre o Black Dog Institute a as universidades Australian National, Sydney e Virgínia (Estados Unidos).

SHUTi™ funciona como um aplicativo.

No experimento, o programa foi enviado por e-mail para mais de 500 australianos.

Durante seis semanas, ele ajudou a identificar pensamentos ou comportamentos que influenciam padrões de sono, através de questionários, enredos interativos e atividades.

Todo este conteúdo foi construído utilizando conhecimentos da terapia comportamental cognitiva (TCC), para abordar os fundamentos psicológicos do problema.

Os voluntários também receberam dicas de higiene do sono – como deitar em uma cama organizada e minimizar o consumo de álcool e televisão.

Os resultados foram publicados na prestigiosa revista Lancet Psychiatry.

Com eles, os pesquisadores descobriram que os voluntários tiveram significativa redução da insônia, ansiedade e depressão, com essas melhorias persistindo por pelo menos seis meses.

Como o tratamento insônia é estigmatizado, um programa utilizado à distância pode remover um obstáculo significativo para aquelas pessoas que se sentem desconfortáveis em buscar ajuda.

Sua importância é significativa para os jovens, que podem não ser capazes de identificar especificamente os sintomas de depressão, mas estão conscientes de sua insônia.

Cerca de 40% das pessoas que sofrem de insônia também pode ser diagnosticadas com sintomas depressivos.

Agora, é aguardar que programas com este objetivo apareçam em versão final, especialmente em língua portuguesa.

Até lá, maneirar no uso dos gadgets pode ao menos ajudar a não agravar o problema.

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