Quem mora no seu espelho?

Você conhece esta pessoa no espelho? Psicólogos investigam o que constitui nossa identidade. E revelam como constantemente inventamos falsas memórias para alcançar quem queremos ser.

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Queremos que nos reconheçam pelo que realmente somos.

Mas, como saber quem somos, afinal?

A resposta parece simples: somos um produto de nossas experiências de vida.

Experiências que podemos acessar através das memórias.

Entretanto, não acessamos nem usamos todas as memórias ao criar narrativas pessoais.

Está ficando cada vez mais claro que, a qualquer momento, escolhemos o que lembrar.

Quem esclarece é a professora de psicologia Giuliana Mazzoni, da Universidade de Hull (Inglaterra).

Lembrar não é como reproduzir um vídeo do passado em sua mente.

Interpretações e imaginação podem criar memórias detalhadas e emocionantes, mesmo sendo falsas.

Trata-se de um processo reconstrutivo, que depende do que conhecemos.

E também da autoimagem, das necessidades e dos objetivos.

Será que isso é necessariamente ruim?

Criar memórias, e assumi-las como traço identitário, leva a uma percepção mais precisa de si mesmo.

Desde que você reconheça o que é verdade e o que é ficção.

Neste momento, podemos refletir sobre pré-conceitos e receber feedback de outras pessoas.

Só atente para o fato de que os outros também formam falsas memórias sobre você.