O amor nos seus limites

Ponto alto de todas as histórias românticas, seja no cinema ou na vida real, o beijo é o símbolo universal do amor. Só que não. Pesquisa revela que metade do mundo rejeita a melhor queima de calorias que existe.

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Tem gente que não gosta.

Aliás, muita gente.

Um estudo antropológico feito em 168 culturas mostra que beijar não é tão comum quanto se imagina.

Apenas 46% das pessoas ao redor do mundo praticam esta forma de carinho.

Saber sobre este fato curioso nos faz valorizar melhor a queima de calorias que proporciona.

Uma rápida compressão de lábios queima entre uma e três.

Um beijo mais dedicado, de curta duração, pode queimar até cinco calorias.

Já o beijo que merece este nome, aquele de cerca de um minuto, pode gastar até 26 Kcal.

Nada disso importa para mais da metade das culturas do mundo.

É que revela o estudo feito em parceria entre as universidades americanas de Indiana e Nevada.

A pesquisa, publicada no periódico científico American Anthropologist, surpreende ao mostrar que 54% das culturas analisadas considera o gesto até mesmo repulsivo.

Quem diria que um dos exemplos pode ser encontrado no Brasil.

Na região amazônica, os índios da tribo Menihaku, uma das mais isoladas no Alto Xingu, veem o beijo na boca como “nojento”.

Na América Central, 100% não praticam.

A África vem em segundo, com 87%.

Na América do Sul, 81% das 21 culturas analisadas estão fora.

Do outro lado do mundo, o beijo romântico está presente em 100% das culturas do Oriente Médio.

Os beijos seguem em prática decrescente pela Ásia (73%), Europa (70%), América do Norte (55%) e Oceania (44%).

Antes desta pesquisa, fazia sentido acreditar que o gesto fosse universal porque, afinal, é bom.

Mas o entendimento do que é bom apresenta nuances.

Apesar de comunicar intimidade, há quem enxergue o beijo como desagradável, sujo ou simplesmente incomum.

Não é de todo incorreto dizer que são uns selvagens.

As evidências são a de que o hábito do beijo romântico-sexual está ligado à complexidade das sociedades.

A explicação é a de que a popularização do beijo aconteceu ao longo da evolução social dos países, em diferentes graus de desenvolvimento.

Portanto, se você é daquelas que beija os amigos, a família e os mais queridos, atente-se para as difereças.

Em algum lugar, gestos de afeição precisam ter outra configuração, que não a dos lábios em ósculo.

Nestes casos, tente um abraço.

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