Desvendando o sabor do mel

O mel é produzido pelas abelhas – e nada mais sabemos. O Instituto do Mel e Polinização da Universidade da Califórnia acaba de revelar a “roda dos sabores” desta iguaria, numa tentativa de classificar os mais de 300 tipos existentes.

Se você não consegue pensar em outra palavra que não seja “doce”, saiba que muitas outras podem descrever o que sentimos na língua, ao tomarmos uma colher de mel. Isso porque o gosto, assim como as propriedades terapêuticas, variam de acordo com o tipo de flor que as abelhas visitam.

Quando é produzido por abelhas que se alimentam da florada de laranjeira, é possível reconhecer este sabor. Mas, descontando-se as notas florais e amadeiradas, fica difícil decifrar o paladar dos inúmeros tipos que existem.

Para ajudar a entendermos um pouco mais sobre este alimento que é anti-séptico, antioxidante, anti-reumático, bactericida, diurético, digestivo, expectorante e calmante, a ciência entra em cena.

A Universidade da Califórnia acaba de divulgar estudo que ajuda a desenvolver o nosso vocabulário sensorial sobre o néctar. Para fazer a “roda dos sabores”, foram realizadas provas com mais de 20 pessoas, incluindo químicos, criadores e degustadores profisisonais – pessoas treinadas para distinguir nuances em cafés, queijos, vinhos e azeites. “Terra molhada” e “xixi de gato” são alguns dos 100 adjetivos que o grupo encontrou para descrever o sabor do mel.

Uma das utilidades da pesquisa é desenvolver novos sabores, para um mercado que se sofistica cada vez mais.

Porém, tenha cuidado. Quem procura emagrecer deve saber que o mel contém tantas calorias quanto o açúcar branco. Sua vantagem é ser mais nutritivo. Ou seja, experimente a complexidade de seus sabores, mas com moderação.