O drone do bem

Seu uso para o mal é conhecido. Agora, surge uma ideia de utilizar para o bem esta tecnologia tão incrível quanto acessível. Graças a projeto de estudante, em breve os “drones do bem” estarão voando por aí.

Quando acontece uma emergência médica, o tempo que leva até o atendimento pode fazer a diferença entre uma vida salva e uma vida perdida.

Por mais eficiente que seja, são em média dez minutos de espera até o sistema de resgate chegar. Para vítimas de episódios cardíacos, trata-se de muito tempo sem oxigênio no cérebro.

Foi aí que Alec Monton, estudante da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, pensou em utilizar os drones para o bem.

Drones são aeronaves de escala reduzida, controladas à distância. Seu uso militar, ao matar alvos americanos sem arriscar tropas no Afeganistão e Iraque, é mais conhecido. Agora, de fotos inusitadas à entrega de encomendas, a tecnologia está sendo utilizada para diversos fins.

Salvar vidas é, com certeza, a mais útil delas.

Quando acionado, o “drone-ambulância” criado por Alex voa a 100 km/h, em linha reta até ao local da ocorrência, o que leva um minuto. Ao pousar, o drone recolhe as hélices e se torna uma maleta.

Em seu interior estão um desfibrilador, medicamentos e um kit de emergência. Com câmera e microfone, uma equipe monitora e instrui o que deve ser feito por quem chamou o serviço, até a chegada da ambulância. Caso o projeto receba incentivo, novos modelos poderão ser adaptados para atender casos de afogamentos, diabetes, problemas respiratórios e traumas óssesos.

Segundo as projeções, a taxa de êxito em atendimentos deste tipo pode aumentar de 8% para 80%.

Vamos torcer para que utilizações mais práticas e humanitárias como esta prevaleçam na utilização dos drones, uma tecnologia que tornou-se rapidamente acessível, e para a qual ainda não temos legislação específica.