Quanto mais, pior

Quanto mais, pior

Sabe os cereais matinais, barrinhas e bebidas esportivas fortificadas com vitaminas que inundam o mercado? Segundo estudo divulgado recentemente, estes alimentos podem estar falhando em tentar auxiliar o corpo além do necessário.

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Já colocamos o foco nesta categoria, quando falamos sobre o açúcar escondido nos alimentos.

Segundo relatório do Environmental Working Group (EWG), intitulado How Much Is Too Much (“O quanto é muito”), pesquisadores encontraram 114 marcas de cereais matinais, entre elas General Mills Wheaties e Kellogg’s Krave, fortificadas com quantidades 30% ou mais que as recomendadas para consumo diário de vitamina A, zinco e niacina – também conhecida como vitamina B3. E, em 27 marcas de barrinhas, 50% ou mais de pelo menos um destes ingredientes. Foram analisadas mais de 1.550 cereais e mil barrinhas diferentes.

Afinal, fortificar os alimentos significa torná-los melhor, certo? Nem sempre. Quando o consumo atinge crianças e gestantes, o excesso de boa intenção pode estar prejudicando, a curto e a longo prazos.

Como a vitamina A em excesso é acumulada pelo corpo, pode atingir níveis tóxicos no fígado. O risco é maior durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre. Já uma maior quantidade de niacina pode provocar manchas na pele. Zinco demais pode causar dores de estômago, náusea e diarréia.

É claro que estou falando do excesso, já que alimentos enriquecidos podem ser úteis na dieta de quem necessita de reforço de nutrientes. Para evitar problemas, a dica é conferir nos rótulos se você está ultrapassando a recomendação diária. E dobrar esta atenção se estiver com crianças por perto.

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