O lucro da salada

Não apenas pessoas estão se tornando veganas. Para atender à nova demanda, restaurantes também mudam cardápios. E experimentam crescimento nunca visto.

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A analogia entre lucro e verdinhas nunca foi tão verdadeira.

Neste mês, a consultoria Veganizer fez uma pesquisa entre restaurantes que mudaram o cardápio.

E não foi uma mudança simples, processo no qual perderam (e ganharam) muitos clientes.

Estas casas mudaram para 100% do menu baseado em plantas.

Participaram da pesquisa 17 restaurantes, nos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido.

Descontando a variação de custos, todos relataram aumento de vendas entre 10% e 1.000%.

E um outro ativo importante teve crescimento ainda maior.

Seus seguidores nas redes sociais aumentaram entre 100% e 15.000%.

Um exemplo citado é o Nick’s Kitchen, restaurante filipino em Daly City, Califórnia.

Sua conversão a vegano foi há sete meses.

Neste período, a casa aumentou as vendas em 1.000%, contra 433% de aumento nos custos dos ingredientes.

Outro exemplo é o Fields Beneath, um café no norte de Londres.

Em março de 2017, o dono colocou um aviso na janela, explicando que deixaria de servir leite devido à crueldade com as vacas.

Como resultado, sua conta no Instagram saltou de 700 seguidores para sete mil em um mês.

O café também registrou lucro bruto de 68% depois de se tornar vegano.

Claro que este fenômeno deve ser analisado sob certo contexto.

O curto tempo decorrido não propicia uma análise fundamentada.

E vários dos restaurantes situam-se em cidades menores, onde a concentração de vegetarianos tende a ser maior.

Ainda que as casas entrevistadas recebam mais onívoros.

Há ainda o fato de que nem todas as transições foram bem sucedidas.

Entretanto, o movimento sinaliza uma tendência que veio para ficar.

Cada vez mais comemos frutas, legumes e vegetais.

Enquanto gradualmente cortamos o exagero no consumo de alimentos de fontes animais.

A escolha vai além do prato e diz respeito ao nosso futuro.

Basear a dieta em fontes vegetais reduz os custos ambientais.

E torna possível alimentar milhões de pessoas sem o uso adicional de recursos naturais.

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