A fuga do Facebook

A fuga do Facebook

Quer ser mais feliz? Abandone o Facebook. Curioso estudo do Instituto de Pesquisas sobre a Felicidade revela como quem se desconecta da rede social se sente melhor – consigo e com o mundo!

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Navegar pelo Facebook nos dá uma gratificação instantânea, na forma de novos likes e pedidos de amizade, enquanto proporciona uma espécie de Big Brother onde podemos acompanhar a vida de quem nos interessa.

Mas, na gangorra entre os sorrisos provocados pelos memes e a necessidade de se expressar a favor ou contra as causas do planeta, nos deprimimos.

Um novo estudo, feito pelo instituto dinamarquês, diz que sair do Facebook traz felicidade.

Ou, ao menos, dar um tempo da rede social mais popular do mundo.

O Instituto de Pesquisas sobre a Felicidade conduziu um experimento em 1.095 voluntários, pedindo que metade deles abandonasse o Facebook pela eternidade de uma semana.

Os participantes foram convidados, então, a avaliar a sua satisfação com a vida na escala de um a dez, antes e após o experimento.

O grupo de controle, que continuou a usar o Facebook normalmente durante o mesmo período, deu uma classificação média de 7,67 à sua satisfação com a vida antes do experimento.

Já o outro grupo, no entanto, viu a vida mudar para melhor, atribuindo notas entre 7,56-8 ao seu alto astral.

E o bom-humor persiste, sendo registrado até 12 semanas após o detox digital do Facebook.

Os membros do segundo grupo não apenas sentiram-se mais felizes com suas vidas.

Eles também relataram um aumento na atividade social no “mundo real”, e sentiram-se significativamente menos irritados e solitários do que os que não deixaram o uso do Facebook.

A explicação dos resultados do experimento, segundo a CEO do instituto, Meik Wiking, se deve à tendência das pessoas em compararem-se com as outras.

E, no universo do Facebook, onde 61% dos participantes do teste declararam preferir postar o seu “lado bom” e 69% preferem compartilhar os grandes momentos, as comparações podem ser enganosas.

A rede social distorce a nossa percepção da realidade e de como a vida das outras pessoas realmente é.

Neste ambiente, só vemos como estamos indo através de comparações, com amigos, família, o ex – virtualmente, todo mundo.

E, uma vez que no Facebook a maioria só faz o bem e parece bem-sucedida, temos uma percepção deslocada da realidade.

É triste, mas é verdade.

Segundo Meik Wiking, “se nós estamos constantemente expostos a boas notícias, corremos o risco de avaliar nossas próprias vidas como desinteressante”.

Imagina-se que, com mais tempo deslogado, major a felicidade alcançada.

Até um certo ponto, é claro.

Os pesquisadores têm consciência disso, ao afirmar que, isolados do que acontece no mundo virtual, nos desconectamos efetivamente das pessoas de “carne e osso”.

Sabemos que faz mal, mas não conseguimos viver sem.

Mas saiba que, segundo o estudo, apenas 10% do que acontece na vida das pessoas está em seus perfis no Face.

Uma amostra tão pequena não deve ser usada como parâmetro para nenhum julgamento.

Ou seja, o recado dos cientistas é de que você não deva dar tanta importância ao que não tem.

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