A expressão da negatividade
Categoria: Pense
Sempre online? Cuidado, você pode estar se expondo mais do que imagina. E, a depender do gadget que utiliza, construindo uma imagem muito negativa de si mesma.
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Já sabemos como o narcisismo reina nas redes sociais.
E, se seus nudes não vazaram até hoje, você certamente lida bem com a questão de que aspectos de sua personalidade são do conhecimento de todos.
Mas o que talvez não tenha pensado a respeito é como sua imagem se projeta.
Ou seja, fora as pessoas que exercitam forte senso crítico, é difícil saber se nos veem como chatas, mal-humoradas, positivas ou negativas.
Um novo estudo revela que, ao menos, isso é possível controlar.
A primeira providência é saber de onde você está conectada.
E em que horários costuma expressar-se online.
Pesquisa da Universidade de Londres (Inglaterra) revela que comentários feitos no Twitter a partir de smartphones são 25% mais negativos que feitos de um computador.
Segundo o autor, Dhiraj Murthy, tuítes feitos de dispositivos móveis são mais egoístas.
Para chegar a esta conclusão, foram analisados 235 milhões de posts enviados ao longo de seis semanas.
Em seguida, Dhiraj e seus colagas aplicaram táticas utilizadas em testes de personalidade, baseada na análise de palavras utilizadas.
Algumas palavras, incluindo “eu” e “meu”, são claramente associadas ao egoísmo.
Outras, como “dor” e “arrependimento” e palavrões, estão relacionadas ao negativismo.
Os pesquisadores também observaram o horário do dia em que as pessoas postaram suas mensagens.
E de onde as postaram, de do telefone ou do computador.
Como resultado, descobriram que os tuítes mais negativos são postados pela manhã cedo e tarde da noite.
Enquanto nossos egos arrefecem ao longo do dia, tendem a manifestar-se com fúria ao crepúsculo.
Basta sair do escritório ou da faculdade para que ele se manifeste – da pior maneira possível.
O mesmo estudo revela que este comportamento nos dá uma folga nos finais de semana.
A explicação está na comodidade.
Com o celular na mão, temos um fluxo documentado de consciência de nossos pensamentos.
E nem precisamos chegar ao escritório ou em casa para e fazer com que o mundo saiba exatamente o que estamos pensando.
Aparentemente, poderíamos fazer o mesmo com mensagens positivas.
Mas as pessoas não sentem-se motivadas a compartilhar pensamentos positivos com a mesma verve e frequência.
Aí está o egoísmo.
Mantemos privados o melhor de nossa personalidade, e compartilhamos a bílis nas redes sociais.
Portanto, se você vê esta tendência em sua timeline, tente conter-se.
O mundo agradece.
Tags: comportamento, egoísmo, gadgets, Lucilia Diniz, redes sociais, tecnologia e qualidade de vida,
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