Fisgado pelas selfies

Categoria: Sinta

Desde cedo somos educadas para idealizar a beleza de forma que nunca nos encaixamos nela. Tanto ou mais que a questão da saúde, são os padrões estéticos que colocam tanta gente em uma busca eterna e até épica por uma barriga chapada. Daí chegaram as selfies. E tudo começa a mudar – mas quanto?

Gosto de selfies. Quem me acompanha no Instagram sabe como “curto” registrar as imagens que formam meu universo, como minhas viagens, meus amigos e minha família. E, claro, a mim mesma.

Não estou sozinha. O assunto não cansa, por que tem cada vez mais gente praticando.

É claro que há exageros: estão fazendo selfie até após o sexo! Não sei como ainda me espanto com o fato de a cidade mais selfie do Brasil seja Carapicuíba (São Paulo), com a marca de 33 “narcisos” a cada 100 mil habitantes – veja a matéria aqui.

Mas o assunto aqui é um perfil que estabeleceu um novo patamar às autofotos.

O que Kyle Thompson faz são autorretratos que, pela criatividade e aura artística, excedem os 15 segundos de fama garantidos pelas redes sociais.

A princípio, foi para trabalhar a sua timidez que Kyle começou a fazer fotos de si mesmo.

A prática levou a uma atividade que não cansa de surpreender, como podemos ver em seu perfil no Facebook, ou em algumas fotos na galeria a seguir.

Praticar a auto-foto leva à perfeição? A questão é polêmica.

Se a ideia for redefinir o conceito de beleza por meio das selfies, estou entre quem apóia o uso moderado desta “ferramenta”, como um modo prático de trabalhar a autoaceitação. Há momentos em que o amor próprio nos leva a externar uma saudável autoestima.

Muita gente que conheço também pratica – mas será que você está fazendo isso direito?