E aí, boneca?

E aí, boneca?

Para sermos completas, falta a autoaceitação. Desde meninas, somos confrontadas com formas irreais e padrões estéticos que são difíceis de seguir. Separar a verdade da ficção não é brincadeira.

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A beleza é um conceito muito vasto, que tem menos a ver com perfeição do que com equilíbrio e proporção.

As proporções irreais da boneca Barbie já despertaram polêmica há décadas atrás.

Foi quando especialistas disseram que seu minúsculo tronco e membros longos davam às meninas falsas expectativas de que o corpo das mulheres deveria ter esse desenho.

Não é novidade que crescemos nos espelhando em padrões estéticos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia, são responsáveis por 20% das mortes entre garotas na faixa dos 15 anos.

Em entrevista recente, Kim Culmone, designer atualmente responsável pela Barbie, disse que há uma boa razão para que o formato da boneca ser tão desproporcional.

“O corpo da Barbie nunca foi projetado para ser realista.

Ela foi projetada para meninas vesti-la e despi-la rapidamente.

E a boneca teve muitos corpos ao longo dos anos, alguns mais para poses, outros para vestidos de princesa, e aqueles que são mais realistas”, contou Culmone.

Segundo ele, a boneca não afeta negativamente o seu público jovem.

“É importante lembrar que as percepções infantis são diferentes do olhar dos adultos, principalmente sobre o que é verdadeiro ou não, ou o que realmente as influencia”.

Embora as vendas tenham caído 13% no último ano, não há projetos para alterar as proporções da boneca.

A minha proposta é você questionar os padrões estéticos.

Já temos falado bastante deste assunto, que envolve a nossa autoestima.

Para reforçar este argumento, vale a pena conferir o lançamento da boneca Lammily, criada para reproduzir o corpo médio de uma garota comum.

Através de financiamento coletivo, o projeto de fabricar a “boneca normal” precisava de cerca de 100 mil dólares para sair.

Pois já arrecadou quase meio milhão!

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