Tendências alimentares

Por força da Covid-19, todo o business de alimentos está mudando. Veja as cinco novas tendências que estão moldando o novo cenário alimentar global.

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Graças às mudanças provocadas pela pandemia, os consumidores estão fazendo escolhas diferentes na cozinha e no supermercado.

Os novos hábitos resultam em mudanças no universo da alimentação.

Tudo, desde onde compramos comida até a forma como cozinhamos, foi alterado.

Veja a seguir as tendências alimentares da retomada, identificadas pelo instituto Future Food.

Funcionalidade

Sim, a quarentena fez aumentar o consumo de processados e delivery.

Mas as projeções indicam uma guinada neste padrão.

Como todos a pensar sobre a saúde diariamente, as pessoas estão se concentrando na comida por seus benefícios funcionais.

No Google, a pesquisa por frutas aumentou 200% nos últimos 12 meses, além de cogumelos, ervas e especiarias.

Relatório da europeia Ecovia Intelligence revela aumento na vendas de orgânicos em alta de 40% em maio.

Estarão em alta alimentos enriquecidos, com ingredientes bioativos, vitaminas e minerais.

Entre as bebidas, saem de cena os refrigerantes.

Há um favorecimento a bebidas que melhoram o sono, para lidar com o estresse, como os chás.

Seguem em alta bebidas energéticas, para apoiar o aumento da carga de trabalho, mesmo em home office.

Substitutos da carne

A Covid-19 trouxe preocupação com a saúde dos trabalhadores e toda a cadeia de fornecimento de carne.

A expectativa é de grande desperdício em todo o segmento, que precisa planejar a vida dos animais de acordo com cronogramas que se perderam.

À medida que esses efeitos cascata continuam e outros fatores fazem com que algumas pessoas cortem o consumo de carne, cresce o interesse por substitutos.

Nos Estados Unidos, as vendas de substitutos de carne à base de plantas aumentaram 200% ano a ano, na semana que terminou em 18 de abril.

Durante o mesmo período, as vendas de carne convencional aumentaram apenas 30%.

Estarão em alta todos os substitutos para a nutrição que aporta a carne vermelha.

E não apenas carne de origem vegetal, mas também qualquer outro tipo de proteína, como feijão ou substitutos de textura, como como cogumelos.

Educação culinária

Cozinhar em casa está em alta.

E dando às pessoas não apenas coisas para fazer, mas também uma sensação de controle durante esses tempos de incerteza.

Quanto tempo vai durar, ainda não sabemos.

A partir de uma série de entrevistas, o Future Food identificou que os consumidores lutam com o “perfil de sabor bastante plano” das opções de refeições compradas prontas.

Por conta da segurança, há “o excesso de embalagens que as acompanham” e “a falta de jornada de aprendizado” .

“Os consumidores parecem preferir refeições prontas por um curto período de tempo, enquanto são iniciantes no ambiente da cozinha.

Mas reconsideram sua escolha assim que adquirem mais habilidades culinárias.

Imperfeições bem-vindas

A perfeição é superestimada.

Nenhum chef com estrelas Michelin recebeu prêmio sem queimar algumas dezenas de receitas.

Agora, mais do que nunca, as redes sociais nos permitem seguir nossos ídolos favoritos em todos os lugares.

No Instagram, o interesse vai das lives de Massimo Bottura até a hashtag #RecipesForThePeople, de José Andrés.

Virtualmente, estamos entrando nas cozinhas das pessoas, vendo-as de pijama.

Como consumidores, não queremos ser lembrados do que não temos ou do que não podemos fazer; queremos saber que não estamos sozinhos durante nossas falhas.

A Covid-19 nos deu um momento de pausa para perceber novamente o poder de ser humano.

O desejo de uma conexão emocional está atualmente em um nível mais alto de todos os tempos.

Marcas que proporcionam um senso de comunidade, aceitação de imperfeição e incentivo no processo, em vez do resultado, irão atrair o radar dos consumidores e prosperar a longo prazo.

“Superestaurantes”

Durante décadas, os supermercados ofereceram pratos quente e saladas, delicatessens e lanches.

Mas, nos últimos anos, muitos mercados começaram a somar restaurantes, refeitórios e cerveja artesanal na torneira, dando origem ao termo “groceraunts” (junção de “groceries”, supermercado, com “restaurants”).

No fim de semana seguinte à declaração da pandemia, os downloads do aplicativo de compras do Walmart subiram 45%.

E um número crescente de restaurantes decidiu vender os insumos que compram.

Nos Estados Unidos, um exemplo vem da rede Panera, através do lançamento da plataforma Panera Grocery.

Em uma entrevista, os executivos explicaram como estavam “vendo a disponibilidade que tinham em sua cadeia de suprimentos e como ela se alinhava às necessidades”.

O apego emocional aos restaurantes da vizinhança é muito mais forte do que a Amazon ou a Whole Foods, por exemplo, e geralmente existe uma extrema confiança em chefs profissionais, que “sabem perfeitamente o que cozinhar e onde obter os melhores ingredientes”.

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