Quem come menos vive mais

Convite para comer menos

Moderação até para quem não precisa? Sim. Estudo prova que pessoas não obesas que reduziram consumo de calorias em 25% por mais de dois anos garantiram maior longevidade e saúde.

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Comer menos pode conduzir a uma vida mais longa e saudável.

E a recomendação vale mesmo para quem já tem o corpo em forma.

É o que afirma um estudo do Centro de Pesquisas da Nutrição Humana, da Universidade Tufts (Estados Unidos).

O estudo revela que indivíduos não obesos que reduziram em 25% a ingestão de alimentos ao longo de dois anos, apresentaram significativamente menos marcadores de inflamação crônica sem afetar negativamente outras partes do sistema imunológico.

Ressalte-se que são menos calorias, mas os voluntários mantiveram o consumo adequado de proteínas, vitaminas e minerais.

“Estudos anteriores com cobaias apoiaram a noção de que a restrição de calorias pode aumentar a longevidade ao reduzir a inflamação e outros fatores de doenças crônicas”.

“Mas com resultados inconclusos sobre se o fator tem algum efeito sobre a imediata resposta auotimune das células”.

Assim começou a apresentação dos resultados do estudo um de seus autores, a Dra. Simin Nikbin Meydani.

“Esta é a primeira vez que uma pesquisa examina estes efeitos ao longo de dois anos em indivíduos com peso normal”.

“E que observa como a restrição de calorias reduz a inflamação sem comprometer outras funções-chave do sistema imunológico como a produção de anticorpos em resposta a vacinas”, concluiu.

Já foi demonstrado que a inflamação crônica cria uma sucessão de reações destrutivas que danificam as células, o que está relacionado com problemas relacionados ao envelhecimento do corpo.

Após seis semanas do início do teste, que incluiu análises metabólicas para determinar a quantidade de energia gasta em um dia, e amostras de sangue para avaliar os marcadores inflamatórios, 220 indivíduos foram selecionados e divididos em dois grupos.

Um grupo de controle manteve uma dieta normal durante todo o estudo, enquanto o grupo de teste recebeu uma dieta altamente saciante com 25% menos calorias.

O grupo de teste também recebeu suplementos de vitaminas e minerais para prevenir desnutrição de micronutrientes.

Tanto os biomarcadores de inflamação como imunidade foram medidos no início, aos 12 meses e 24 meses depois.

Os pesquisadores descobriram que o grupo de teste apresentou uma significativa e persistente redução nos marcadores de inflamação.

Entretanto, enquanto a redução em peso, gordura corporal e níveis de leptina foram mais pronunciados aos 12 meses do estudo, não foram acompanhados por redução significativa na proteína C-reativa e TNF alfa (indicadores de inflamação), após 24 meses.

Este atraso sugere que restrições no consumo de calorias de longo prazo induz outros mecanismos que podem desempenhar um papel na redução da inflamação.

“Esta pode ser a mais poderosa intervenção não genética para reduzir o envelhecimento e melhorar a saúde e a qualidade de vida”, disse a Dra. Simin.

“Com os gadgets que medem nossa condição física e biométrica atualmente disponíveis, é possível que uma pessoa possa restringur seu consumo de calorias diárias em 10% a 15%, como uma estratégia de longo prazo para garantir benefícios à saúde”.

É claro que este estudo diz respeito à média do grupo de teste, e suas recomendações devem ser consideradas como indicativos.

Para esclarecer dúvidas sobre sua nutrição pessoal, consulte seu médico.

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