Uma dieta rica em calorias não vai parar apenas na cintura. O exagero estressa o organismo, alterando a sensibilidade dos ciclos metabólicos. E levando a graves consequências.

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Se o alimento tem mais calorias que podemos queimar, as acumulamos.

Na cintura, no tecido adiposo e ao redor dos órgãos, com as conhecidas consequências.

Entretanto, esta soma segue prejudicando a saúde.

É o que revela estudo do Helmholtz Zentrum München e do Centro Alemão de Pesquisa em Diabetes.

Nele, os cientistas investigaram a atividade metabólica de cobaias.

Especificamente, dos glicocorticóides no fígado de camundongos, avaliando as propriedades de seus receptores.

Os animais foram divididos em dois grupos.

Um deles se alimentou normalmente e o outro teve sua dieta enriquecida em calorias.

Como resultado, os efeitos dos glicocorticóides eram diferentes quando os animais jejuavam durante o sono.

E enquanto se alimentavam quando estavam acordados e ativos.

Os pesquisadores descobriram que o receptor de glicocorticóide mudava através da ligação sensível ao tempo com os genomas das células do fígado.

Além disso, parece que o receptor (e hormônios associados) ajuda a regular quase todos os genes circadianos.

Ou seja, está tudo ligado ao relógio interno do corpo.

E uma dieta rica em calorias tem o poder de interferir neste funcionamento.

Este estudo é o primeiro a mostrar que a dieta pode alterar o efeito de hormônios nos tecidos metabólicos.

A descoberta contribui para o emergente campo da cronomedicina, que enfatiza o papel do relógio biológico na saúde.

O estudo foi publicado na revista científica Molecular Cell.