Precisamos falar sobre apetite emocional
Categoria: Pense

O apetite emocional faz você comer mais e o prejuízo fica restrito à balança. Não é tão simples assim. O transtorno está relacionado a outros problemas, dos quais não percebemos a origem.
Leia mais:
O componente emocional na balança – Cuidar da boa forma passa por cuidar do astral
A medida da real beleza – O que acontece quando trocamos números por elogios
Sabe aquela vontade súbita de comer sem limites?
Trata-se de uma voracidade que acomete os ansiosos, e que só encontra limites quando a geladeira fica vazia.
Este sentimento, usualmente retratado de maneira inadequada pela mídia, é maior do que parece.
O que já começa pelo nome.
Trata-se do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP).
O TCAP é caracterizado pela ingestão sem controle de grande quantidade de alimentos, em um curto espaço de tempo.
Por ser um transtorno psicológico, também é conhecido como apetite emocional.
Existe uma variedade de gatilhos que podem resultar em exagero súbito à mesa e além dela, entre eles tédio, fome e até o DNA.
Um dos mais comuns é o onipresente estresse.
O resultado?
Segundo um estudo americano, o prejuízo não se restringe ao já terrível aumento de peso.
A pesquisa, feita pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (Estados Unidos), relacionou a condição a uma ampla gama de outras doenças.
Principalmente nos sistemas endócrino e circulatório.
Os cientistas descobriram que indivíduos com TCAP tiveram um risco 2,5 vezes maior de também ter um distúrbio endócrino.
E um risco 1,9 vezes maior de ter um distúrbio do sistema circulatório.
Se a pessoa ainda é obesa, some um risco 1,5 vez maior de ter uma doença respiratória e um 2,6 vezes mais chance de ter uma doença gastrointestinal.
A descoberta pode ajudar a melhorar a detecção do transtorno.
E assim permitir o atendimento mais rápido e eficaz de todos que sofrem com o problema.
Segundo uma das autoras do estudo, Dra. Cynthia Bulik, “as doenças psicossomáticas que detectamos não são simples consequências de estar com sobrepeso”.
“O transtorno aflige pessoas de todas as formas e tamanhos”.
“A triagem e identificação precisas podem trazer o TCAP para fora das sombras e dar às pessoas o tratamento que merecem”.
O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Eating Disorder.
Diante desta divulgação, está mais claro como é preciso reagir.
Como já vimos, exercícios físicos podem desarmar a ameaça – saiba mais aqui.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.
Se você necessita de auxílio e orientações personalizadas, procure a ajuda de um profissional de saúde.
Tags: apetite emocional, compulsão alimentar, estudo, Lucilia Diniz,