Pecado renovado

Pecado renovado

Foi aprovada para plantio e consumo nos Estados Unidos a primeira maçã geneticamente modificada. Uma das vantagens é que ela não escurece depois de partida. O problema é achar que isso é natural.

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Quando uma maçã é cortada e não é imediatamente consumida, logo fica escurecida.

Esta reação química, provocada pelo contato da fruta com o oxigênio, destrói nutrientes importantes, como antioxidantes e vitamina C.

Pensando em como retardar esta deterioração, a empresa canadense Okanagan Specialty Fruits criou a espécie Arctic.

Diferente de qualquer outra maçã, esta espécie foi geneticamente modificada para não escurecer depois de cortada.

Para isso, o laboratório da empresa desativou um gene que produz a enzima polifenoloxidase, que deixa a maçã escura.

As maçãs Arctic podem ser do tipo Granny Smith ou Golden Delicious.

Agora, o produto acaba de ganhar a aprovação do rigoroso órgão americano FDA, o que significa que sua venda no maior mercado consumidor é esperada para breve.

Entretanto, a Associação de Produtores de Maçãs dos Estados Unidos é contra.

O motivo é que, caso a espécie caia no gosto popular, os lucros só poderão ser colhidos pela empresa canadense.

Isso porque a nova maçã é patenteada, o que significa dizer que, quem a quiser cultivar terá que pagar royalties.

Outra crítica é sobre o avanço dos organismos geneticamente modificados (OGM).

Aceitar os OGMs é uma questão ética, ecológica e de saúde.

A consciência de muitos não aceita manipulações no DNA de organismos vivos.

O fato é que a presença destes alimentos é cada vez mais comum em nossa dieta.

À ciência cabe esclarecer sobre a presença ou ausência de risco aos seres humanos e meio ambiente.

O importante é sabermos de antemão se o alimento é transgênico ou não.

A indústria é contra a rotulação específica, porque conta com a confusão dos consumidores para comercializar estas opções sem restrições.

E quanto a você, o que acha desta polêmica?

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