O atraso que deixa doente

O atraso das pessoas a deixam louca? Não se preocupe. Possivelmente, loucos são eles. Especialistas revelam como falta de compromisso com o relógio pode indicar distúrbio.

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Como dizia Luís XVIII, “a pontualidade é a gentileza dos reis”.

A frase coloca do outro lado toda uma população de amigos, médicos, pilotos de avião e outras pessoas cujos atrasos nos afetam.

Eles nos deixam loucas, mas é preciso compreensão.

Afinal, loucos são eles.

É o que afirma o escritor e cientista Tim Urban, membro do time de palestrantes dos eventos TED.

Aqueles que são cronicamente atrasados lutam contra como percebem a passagem do tempo.

E podem ter a bizarra compulsão de sabotarem a si mesmos, ao fazer planos que sabem não poderem cumprir.

Aqueles que não se importam com o dano causado por seus atrasos não têm cura.

Mas são os que carregam culpa na consciência que merecem nossa consideração.

E, quem sabe, mais uma chance.

Para este aparente “distúrbio”, Urban cunhou o termo Clips, acrônimo para Chronically Late Insane People (algo como “pessoas crônica e loucamente atrasadas”).

Tim Urban acredita que três motivos fazem os Clips se atrasarem com tanta frequência.

Alguns estão em negação sobre como o tempo trabalha, causada por um otimismo irrealista de que haverá tempo para fazer tudo que se deseja.

Outros têm aversão por mudanças que os obriguem a largar o que estão fazendo, mesmo que tenham marcado, planejado e ansiado por elas.

E os demais estão sempre zangados consigo mesmos, inconscientemente colocando-se em situações complicadas, mantendo vivo este ciclo.

Acredita-se que os caminhos mentais que originam atrasos crônicos estejam na mesma região do cérebro afetada entre aqueles que sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Alguns psicólogos colocam que atrasos crônicos podem ser sintomas indetectáveis de transtornos de humor, como a depressão.

Outros não enxergam a questão com olhos clínicos, acreditando tratar-se de um hábito.

“Tornar um comportamento humano numa condição clínica não é nada sábio”, opinou a Dra. Sheri Jacobson, diretora da Harley Therapy Clinic (Londres), para o jornal Daily Mail.

Felizmente, o problema não é irreversível.

Especialistas recomendam às pessoas afetadas pelo problema a marcarem prazos não negociáveis, monitorar quanto tempo leva para executar determinadas tarefas e sempre planejar sair mais cedo.

E você, sofre com o atraso alheio ou é daquelas que sente na pele as consequências?

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