Não, obrigado

Mais que refeição, churrasco é diversão. Mas um estudo alerta para os riscos da vida junto à grelha. E como se apresentam até para quem não come carne. Saiba agora quais – e como evitar.

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Um dois campos da ciência parece ser estragar o prazer dos outros.

Afinal, como justificar tantos estudos que demonizam os prazeres da mesa?

O tom de brincadeira é para falar de um assunto sério.

E ao qual nos expomos muitas vezes ao longo da vida, inadvertidamente.

Segundo um novo estudo, o perigo da fumaça do churrasco não vem pelas vias respiratórias.

Mas, sim, pela pele.

A pesquisa foi feita pela Universidade de Jinan (China).

Nela, foi feito um experimento com 20 voluntários.

Todos participaram de um churrasco, por duas horas e meia.

Eles foram divididos em três grupos.

O primeiro comeu normalmente, mas se protegeu da exposição à fumaça, tanto pelo nariz como pela pele.

O segundo ficou ao lado da churrasqueira, mas não comeu carne.

O terceiro ficou na festa usando máscaras respiratórias, mas não comeu carne.

Em seguida, foram coletadas amostras de urina.

Como resultado, quem comeu a carne grelhada tinha os níveis mais altos de HPA.

Esta é a sigla para hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA).

Tratam-se de compostos cancerígenos, que podem levar a tumores de pele, mama, bexiga, fígado e próstata.

E que podem causar até mutações do DNA.

Entretanto, a surpresa veio da contagem de HPA em contato com a pele.

Ela foi maior que a registrada no contato com as vias respiratórias.

Os HPA são produzidos pela queima de substâncias orgânicas no carvão.

Mas também se formam quando a fumaça entra em contato com a gordura e as proteínas das carnes na grelha.

Ah, mas você vai pouco a churrascos?

As quantidades de HPA absorvida assim pode ser pequena, mas não negligenciada.

Isso porque elas se somam àquelas a que estamos expostos a vida toda, via poluição urbana.

Deixar de comparecer aos convescotes está fora de questão, é claro.

A boa notícia é que, segundo os pesquisadores, a roupa tem uma certa capacidade de bloquear a fumaça.

Portanto, basta mudar o figurino escolhido.

E também a permanência no evento.

Se expostas por muito tempo, as roupas ficam encharcadas de HPA e deixam de nos proteger.

O estudo foi publicado no periódico Environmental Science & Technology.

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