Memórias que valem a pena

Viva intensamente cada segundo. Novo estudo revela o processo pelo qual, ao armazenar memórias, o cérebro prioriza as experiências mais recompensadoras.

Leia mais:

Registros de longevidade – Veja como somar vários anos de vida
Como viver mais – Vila na China ensina o segredo

Quanto de nossa tomada de decisão está ligada à memória?

Para responder a esta pergunta, os cientistas americanos fizeram um estudo.

A pesquisa é da Universidade de Colúmbia (Estados Unidos).

Nela, foi feito um experimento com voluntários em um jogo de computador.

O objetivo era encontrar uma moeda de ouro em um labirinto virtual.

O labirinto era formado por quadrados cinzas.

Quando passavam por locais diferentes, os quadrados mostravam imagens.

Entre elas, objetos do cotidiano, como guarda-chuva ou uma caneca.

Em seguida, foi aplicado um teste surpresa de memória.

Quando foi dado 24 horas após o experimento, os participantes lembraram os objetos mais próximos da recompensa (a moeda de ouro).

Mas o padrão não foi repetido quando a memória foi testada imediatamente após.

Aparentemente, o cérebro precisa de tempo para organizar as lembranças.

Neste processo, ele prioriza a memória dos eventos que levaram à recompensa.

Para as memórias serem mais úteis para a tomada de decisões futuras, precisamos que sejam moldadas pelo que importa.

E é importante que essa “modelagem” da memória aconteça antes que as escolhas sejam feitas.

O processo provavelmente envolve dopamina e o hipocampo.

Esta é região do cérebro que é importante para a memória de longo prazo.

Mas são necessárias mais pesquisas para confirmar e entender este mecanismo.

Até lá, tiramos duas importantes lições.

A de que, para serem lembradas, coisas “pequenas” precisam estar ligadas a grandes consequências.

E que, para tomar qualquer decisão, é preciso dar tempo ao cérebro.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications.