Longevidade com qualidade

Estamos vivendo mais. Porém, qual a vantagem? Novo estudo revela que pessoas de meia-idade envelhecem pior que os “baby boomers”. Com este conhecimento, é a hora de reagir.

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A expectativa de vida aumentou e estamos vivendo mais.

Entretanto, esses anos a mais podem não ser uma vantagem.

É o que revela um estudo do Centro de Estudos Longitudinais, da University College London (Reino Unido).

Nela, foram analisados dados de 135.189 pessoas com idades entre 25 e 64 anos, que participaram da pesquisa anual de saúde da Inglaterra entre 1991 e 2014.

Todos responderam a questionários sobre sua saúde, onde relataram se tinham problemas cardiovasculares e diabetes.

E tiveram aferidas a pressão arterial, índice de massa corporal e níveis de glicose no sangue.

Em seguida, os dados foram cruzados.

Como resultado, os pesquisadores descobriram que metade dos ganhos na expectativa de vida provavelmente seria gasto com problemas de saúde.

Grupos de nascimentos posteriores revelaram maior probabilidade de ter diabetes, estar acima do peso e relatar condições cardiovasculares e problemas de saúde em geral, enquanto homens nascidos mais tarde neste espectro foram mais propensos a relatar pressão alta.

“No início do século 20, um aumento na expectativa de vida andava de mãos dadas com um aumento na expectativa de vida saudável”.

A explicação é de um dos autores do estudo, George Ploubidis.

“Para as gerações nascidas entre 1945 e 1980, essa tendência parou”.

“Agora, espera-se que os nascidos mais tarde vivam mais, em média, mas com mais anos de problemas de saúde”.

Isso tem implicações preocupantes para os serviços de saúde, que já enfrentam aumento da demanda devido ao envelhecimento da população.

O estudo foi publicado na revista científica Population Studies.

Obviamente, viver mais depende de avanços científicos e sociais.

Mas a qualidade dos anos extras depende dos nossos hábitos – e do compromisso em mantê-los.

Para começar a entender como construir a longevidade – clique aqui.

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