Iogurte com denominação de origem

A César o que é de César. Vem aí o iogurte D.O.C. (Denominação de Origem Controlada). A república helênica entrou com processo para que somente iogurtes feitos dentro de suas fronteiras sejam chamados do “iogurte grego”.

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Pode um vinho feito em outro lugar ser chamado de vinho do Porto?

A mesma coisa acontece com a champanhe.

Bebidas espumantes só podem ter este nome se vierem da região da Champagne, na França.

Então, por que o iogurte que você compra na esquina se classifica como “grego”?

Para reclamar um de seus maiores patrimônios, o governo da Grécia está entrando com petição nos tribunais europeus.

A informação é do site Dairy Reporter.

O objetivo é obter para o iogurte pátrio os selos DOP e IGP.

As siglas correspondem a Denominação de Origem Protegida e a Indicação Geográfica Protegida.

Estas designações são atribuídas a produtos de regiões geograficamente delimitadas.

E que cumprem um conjunto de regras consignadas em legislação própria.

Inicialmente, a regra valeria apenas na Europa.

E tem o potencial de abalar o mercado do produto no Velho Mundo.

O continente europeu detém 39% do consumo.

Em seguida vêm os mercados de Ásia/Pacífico (28%) e Estados Unidos (15%).

Este é um mercado global estimado em mais de US$ 50 bilhões.

Portanto, mais que o orgulho nacional, a questão trata de valores venais.

Assegurar aos selos pode reforçar a produção e as vendas de iogurte produzido na Grécia.

E quanto aos que são atualmente produzidos em todos os outros países, como o Brasil?

A saída seria descrever nos rótulos algo como “iogurte estilo grego”.

Assim, vai-se um tanto do charme da coisa.

Fica a curiosidade de como seria a experiência de provar um legítimo iogurte grego.

Até que apareçam as marcas importadas por aqui, sempre se pode programar uma viagem para lá.

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