Encare o tédio

No escritório, buscamos distrações para passar o tempo. Pior decisão. Novo estudo revela que, para concluir o trabalho chato, é preciso encarar o tédio de uma vez. Com o risco de perder a produtividade.

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Verificar o telefone, olhar a janela e passear na cozinha.

Há uma longa lista de coisas que fazemos no escritório quando realmente deveríamos estar trabalhando.

Afinal, que custam alguns minutos de distração?

Bem, de acordo com um especialista em produtividade, bastante.

A análise é de Cal Newport, autor do livro Deep Work: Rules For Focused Success in a Distracted World.

Em português: “Trabalho profundo: regras para um sucesso focado em um mundo distraído”.

Segundo a obra, uma distração parece nos afetar apenas por alguns segundos.

Mas, na realidade, contribui para uma redução substancial na produtividade.

E influi na capacidade de lidar com trabalhos desafiadores – também conhecidos como “trabalho profundo”.

Assim, a resposta para se tornar mais produtivo seria encarar de uma vez o que parece chato.

“Você terá dificuldades em alcançar os níveis mais profundos de concentração se passar o resto do tempo fugindo do menor indício de tédio”.

A saída para evitar serões devido ao acúmulo de distrações do dia?

Numa resolução mais estrema, o autor recomenda excluir todos os vestígios de redes sociais.

Mas que não seja para sempre.

Uma abstinência de 30 dias pode servir para reavaliar a dependência do Facebook, Instagram e Twitter durante o horário de trabalho.

Ou seja, o popular (e igualmente mitológico) detox digital.

Menos radical seria programar intervalos para fazer a mente vagar.

Isso permitiria ao cérebro concentrar-se na tarefa em mãos.

O que, por sua vez, vai gerar uma melhor produtividade a longo prazo.

Definir uma data para concluir tarefas também pode desencorajar distrações.

E ajudar a tirar o máximo proveito das sessões de “trabalho profundo”.

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