De quem é a culpa da insônia?
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A culpa do sono ruim é a vida agitada das cidades, certo? Você vai ter que arranjar outra desculpa. Ou outra explicação. Estudo revela que estímulos da urbanização não têm nada a ver com a insônia.
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Acredita-se que a insônia afete um quarto da população mundial.
E quem a provoca são os barulhos e luzes das cidades, certo?
Embora a tela azul dos gadgets siga iluminando o quarto até a madrugada, a resposta não é esta.
Quem afirma é um novo estudo da Universidade de Surrey (Inglaterra).
A pesquisa recebeu colaborações de especialistas da África do Sul, Estados Unidos, Colômbia e Brasil.
Nela, foram analisados os padrões de sono de pessoas de duas comunidades vizinhas em Moçambique.
A comparação foi feita entre a zona urbana de Milange e a comunidade rural não-eletrificada de Tengua.
Como resultado, quem vive nas cidades vai para a cama em média uma hora depois que os moradores do campo.
Mas não dormem menos.
Isso porque no dia seguinte acordam uma hora mais tarde, em média.
“Provavelmente nunca saberemos como nossos antepassados dormiam”.
A declaração é da autora do estudo, Dra. Laura Roden.
“Mas, à medida que a urbanização se expande, é importante estudar como os hábitos de sono das pessoas mudam”.
A insônia pode ser provocada por um desequilíbrio entre os ciclos de vigília e descanso do cérebro.
O prejuízo vai além da fadiga.
A falta de sono está ligada ao aumento do risco de depressão, obesidade, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e diabetes.
E ainda reduz a expectativa de vida.
Se de fato as pessoas dormem menos nos países industrializados, não se pode simplesmente culpar a urbanização.
“Superar a distância entre um sono atrasado e um descanso natural parece exigir mudanças nos comportamentos”.
O estudo foi publicado no periódico científico Scientific Reports.
Mas, se não é a vida agitada, o que será que provoca a insônia?
Para saber mais sobre o assunto – clique aqui.
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