Como funciona o apetite emocional

Afinal, como funciona o “apetite emocional”? Pesquisa da Universidade de Hertfordshire (Inglaterra) revela o que acontece quando cedemos aos pratos que mais gostamos, por tudo menos fome.

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Comer quando você está com fome e parar de comer quando está saciada parece descrever o sistema mais natural do mundo.

Entretanto, quando se trata da alimentação, muitos outros fatores podem nos manter na mesa mesmo depois do seria sensato.

Tédio, frustração, cansaço, tristeza ou estresse também levam ao apetite emocional.

Todo mundo é um “comedor emocional” em algum momento da vida, diz a professora Julia Buckroyd, psicóloga e especialista em comportamento alimentar  da Universidade de Hertfordshire.

“De partos a funerais, em todas as sociedades humanas os alimentos têm sido usados para marcar os eventos de vida mais significativos”.

“Por este motivo, poucas pessoas comem apenas em resposta à necessidade fisiológica, como a fome, o tempo todo”, complementa.

Mas se a maior parte de sua nutrição é governada por seu estado emocional, e isso a faz se sentir infeliz no longo prazo, é hora de repensar os hábitos alimentares.

O problema é que comer nestes momentos tem o mesmo efeito de medicamentos anti-depressivos.

Especialmente quando os alimentos são ricos em açúcar, gordura e sal.

Assim, mesmo que uma pessoa se sinta culpada após comer um pacote de snacks, ela pode também se sentir bem, quimicamente falando.

Isso porque gordura e carboidratos ativam no cérebro a produção de opióides e canabinóides endógenos, substâncias que proporcionam alívio, prazer e fuga.

O problema é que, quanto mais esta “solução” para os problemas cotidianos for ativada, menos buscamos saída por outros meios, como conversar com alguém íntimo.

E é aí que o apetite emocional torna-se um hábito difícil de largar.

A culpa, acredite se quiser, pode ser de sua mãe.

Quando uma criança cai e, para parar de chorar, ganha de sua mãe um sorvete, associa o alimento a uma distração para a dor.

Assim, cada vez que você resistir a esta fuga, saiba que se trata de uma pequena vitória em livrar-se de uma dependência, inconsciente e cultural.

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