O apetite emocional

O apetite emocional

Saciar o desejo por comida, assim que ele aparece, é um instinto. Ou uma armadilha do inconsciente. Para perder peso, precisamos eliminar o “apetite emocional” e comer apenas quando temos fome. Mas, como diferenciar os impulsos diante das tentações?

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Deveria ser simples detectar se estamos com fome ou não. Mas são os muitos os fatores que podem mascarar a fome e fazer com que mastigar um salgadinho se torne um desejo incontrolável.

Isso porque comemos para “nos entreter, distrair, confortar e nos acalmar”, esclarece a médica americana Michelle May. Em seu livro Eat What You Love, Love What You Eat (“Coma o que você ama, ame o que você come”), ela revela que o instinto é bem diferente do gatilho emocional.

Mas, como ambos os impulsos conduzem aos mesmos quilos a mais na balança, é fácil confundir a origem da fome e, com isso, perder a habilidade de poder controlá-la.

Alimentar-se quando se está fisicamente faminta é benéfico para a saúde. Isso porque os sinais de saciedade vêm mais rápido.

A comida fica mais gostosa porque estamos mais atentas. E, melhor ainda: sem os estímulos emocionais, a tendência é nos servi-nos com as opções mais saudáveis.

Confira a seguir algumas dicas de como manter-se atenta.

Coma com consciência

Alimentar-se com consciência é comer com intenção e atenção. Ao contrário de mastigar distraída, coma com a intenção de nutrir seu organism. E com a atenção de ver como cada alimento afeta seu corpo. Comer com consciência nos reconecta com os sinais institivos da fome e saciedade.

Faça a pergunta a si mesma

Quando sentir uma urgência em comer, pergunte a si mesma se está com fome. Neste ponto, o raciocínio de Michelle May é simples: quando está dirigindo, você não para em todos os postos de gasolina do caminho. Para a autora, o que devemos fazer primeiro é checar se há necessidade de encher o tanque.

Identifique os gatilhos

Vivemos num mundo obcecado por comida rápida e calórica. Em todas as ocasiões sociais, a comida é apresentada como uma recompensa. Por isso, encontrar amigos significa comer numa lanchonete, ir ao cinema significa comprar pipoca e ter um encontro romântico representa uma ida ao restaurante. Para evitar a armadilha, é preciso controlar este sistema inconsciente.

É claro que estar atenta não significa recusar todos os convites que aparecerem. Mas pode despertar novas sugestões de programação, que incuam um passeio no parque, ou uma visita a uma mostra de arte, por exemplo.

O recado é um só: quando enfastiar-se não aplaca uma fome física, comer nunca é satisfatório. E não tem fim.

O apetite emocional

A capa do livro, ainda não disponível no Brasil

Confira no vídeo a seguir a palestra da autora Michelle May à serie TEDx (em inglês).

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