Troque a bariátrica por uma pílula

Troque a bariátrica por uma pílula

A eficácia da cirurgia bariátrica é inegável. Mas, que tal adquirir seus benefícios sem passar pela cirurgia em si? É o que promete nova pílula, que elimina um terço do peso extra em poucos meses.

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Um balão gástrico que é engolido como uma pílula e, no estômago, ajuda a perder mais de um terço do excesso de peso em quatro meses.

Este é Elipse, sistema que está em vias de receber aprovação para uso do FDA (órgão do governo americano que fiscaliza alimentos e remédios).

Elipse integra a nova geraçãp de balões gástricos, utilizados para ajudar pacientes obesos a perderem peso e melhorar as condições de saúde, evitando intervenções cirúrgica extensas e invasivas.

Em julho, o FDA aprovou o uso do sistema Reshape Dual Balloon, que consiste em posicionar balões no estômago após procedimento de 30 minutos.

Embora ambos tenham o mesmo objetivo, Elipse difere pelo modo como é implantado.

Posicionado na ponta de um minúsculo catéter, o dispositivo é engolido como uma pílula.

Uma vez no estômago, a cápsula se dissolve, liberando o balão, que é preenchido com fluido neutro bombeado pelo catéter.

Uma vez inflado, para adquirir o tamanho de uma laranja, o balão permanece no local por quatro meses.

Por ocupar significativo espaço no estômago, o balão cria uma sensação de saciedade permanente, o que ajuda ao paciente a controlar o tamanho das porções consumidas.

Além de reduzir a capacidade do estômago, o balão retarda o processo pelo qual o órgão esvazia seu conteúdo e altera hormônios que controlam a fome e o apetite.

Após o período, o balão é esvaziado e eliminado pelo sistema digestivo.

Seu fabricante, Allurion Technologies, indica sua utilização para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 27.

Um IMC de 25 caracteriza uma pessoa com sobrepeso, enquanto casos de obesidade são definidos por IMC acima de 30.

A inclusão de pacientes não-obesos nos testes faz crer que a Allurion deva posicionar seu invento como um método de prevenção à condição.

O Dr. Ram Chuttani, responável por estes testes, relatou que 34 voluntários, com sobrepeso ou obesidade, perderam uma média de 10 quilos após os quatro meses de uso – cerca de 37% de seu excesso.

Os pacientes tratados com Elipse também demonstraram melhora dos triglicérides e níveis de hemoglobina glicada (A1C) – marcadores básicos da função metabólica.

O custo é um tanto salgado, com preços entre 7.500 e 10 mil dólares (de 28 mil a 37 mil reais, aproximadamente).

Enquanto Elipse ainda aguarda aprovação da FDA, outras similares já são comercializadas nos Estados Unidos.

É claro que não se trata de uma solução definitiva, sendo encarada como uma medida de emergência para controlar o peso.

Muitas pessoas se adaptam a este tratamento, enquanto outras não conseguem usufruir de seus benefícios.

Mas a categoria se insere no arsenal médico para combater o mal do século 21.

Devido ao custo e grau de extensão, as cirurgias bariátricas, de comprovada eficiência, não são indicadas para todos os casos.

Por este motivo, métodos não-invasivos como a pílula-balão são mais que bem-vindos.

Consulte seu médico sobre balões gástricos e acessibilidade ao tratamento.

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Elipse: ao lado de uma moeda, para comparação do tamanho

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