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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
A beleza idealizada na mídia e internet orienta a vida de milhões de pessoas. A despeito das desilusões, o padrão estético da Barbie segue sendo perseguido. Agora, abaixo da linha da cintura.
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Com a facilidade do acesso online a vídeos pornôs, o público cresce.
E isso acontece, surpreendentemente, sobretudo entre as mulheres.
Enfim expostas aos padrões estéticos específicos desta indústria, bateu a insegurança.
Por este motivo, milhares buscaram corrigir supostas imperfeições.
Que não estão exatamente no rosto.
A nova moda do bisturi é a labioplastia.
Mas pode chamar de “Barbie vagina” (“vagina de Barbie”, em português).
A tendência foi anunciada em recente encontro da Sociedade Internacional de Estética e Cirurgia Plástica.
Há um bom motivo pelo qual a boneca é lembrada.
Afinal, a cirurgia consiste em eliminar excessos de pele, para deixar a genitália feminina com look pré-púbere.
Em 2015, quase 100 mil labioplastias foram feitas em todo o mundo.
E mais 50 mil fizeram rejuvenescimento vaginal, que corrige o relaxamento dos músculos da região.
Entretanto, os cirurgiões alertam sobre a aparência “normal” desejada.
Isso porque simplesmente não existe um padrão estético para o órgão.
Em 2005, um estudo registrou diversidade e tamanhos na forma genital nunca documentados na literatura científica.
Nas 50 mulheres avaliadas, o comprimento dos pequenos lábios variou de dois a 10 centímetros.
E a largura, de 0,7 cm a 5 centímetros.
Se a questão envolve a recuperação da autoestima, avaliar a possibilidade de cirurgia é mais que válido.
Mas é preciso haver uma real necessidade.
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