A reinvenção do açúcar

Se buscamos reduzir seu consumo, de olho em não perder consumidores a indústria de alimentos procura ainda mais. Como resultado de suas pesquisas, a Nestlé acaba de anunciar um açúcar ainda mais doce. Por quê? Para usar menos.

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Em comunicado oficial, a Nestlé anunciou na última quarta-feira (30/11/2016) que desenvolveu uma maneira de reestruturar o açúcar.

O objetivo é duplamente econômico.

Além de garantir o apelo a um novo perfil dos consumidores, o processo permitirá à empresa reduzir em até 40% o açúcar de seus produtos doces.

Para proteger o segredo industrial, a empresa não detalhou como chegou à descoberta.

Mas exemplificou o processo ao comparar a molécula de açúcar tradicional com uma caixa de sapatos, cujo exterior e o conteúdo são feitos da substância.

Neste caso, o novo açúcar é apenas a caixa “oca”.

Assim, ele satisfaz o paladar enquanto dissolve, enquanto menos açúcar é ingerido.

Segundo o diretor de tecnologia da empresa, Dr. Stefan Catsicas, “é açúcar”.

“Mas é um açúcar montado de forma diferente, para que possa ser desmontado facilmente na boca, com menos passando em seu trato gastrointestinal”.

A ideia da companhia é introduzir os novos produtos, feitos com o açúcar reestruturado, a partir de 2018.

Mais detalhes serão divulgados ao longo de 2017.

Se o lançamento provar-se viável, pode representar um marco na produção de alimentos.

E um negócio fabuloso em um mercado que busca continuamente maneiras mais saudáveis de adoçar produtos.

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